arquivo ► léo já apontou que dará férias coletivas para todos os funcionários
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
A prefeitura de Naviraí, cidade a 366 km de Campo Grande, pode colocar os servidores em férias coletivas, em mais uma tentativa de reduzir os gastos para enfrentar a crise financeira que assola a maioria dos municípios brasileiros.
A medida foi admitida no fim de semana pelo prefeito Léo Matos (sem partido) e pode ser anunciada nos próximos dias.
Na cidade de 50 mil habitantes localizada na região sul de Mato Grosso do Sul, a prefeitura já adotou outras ações para cortar gastos, mas a falta de dinheiro continua e, segundo o prefeito, é preciso arrochar ainda mais para garantir serviços essenciais, como saúde, educação e limpeza pública.
Os órgãos municipais já funcionam apenas meio período, das 7h às 12h, para reduzir gastos com custeio. O prefeito também determinou corte no pagamento de horas extras, diárias, viagens e empenho para novos serviços e suspendeu a locação de equipamentos.
De acordo com a prefeitura, além de afetar serviços do dia a dia, a queda do repasse do governo federal prejudica o andamento de obras na cidade.
“Licitamos o asfalto para o Jardim Oásis, Avenida Ponta Porã, asfalto e duplicação da Rua André Rodrigues no BNH, ciclovias, mas está tudo parado, esperando o dinheiro do governo federal”, afirmou Léo Matos.
Segundo ele, obras já em andamento também estão sem repasse dos recursos federais. “A medição é feita, mas o pagamento não é realizado pelo governo”.
Outras cidades - As prefeituras de Coronel Sapucaia e Itaporã já adotaram férias coletivas e redução do horário de expediente de algumas repartições, também para economizar.
Em Coronel Sapucaia, a 400 km de Campo Grande, a prefeita Nilceia Alves de Souza deu férias coletivas aos funcionários públicos municipais na semana passada.
Em Itaporã, a 227 km de Campo Grande, o prefeito Wallas Milfont (PDT) reduziu para cinco horas diárias o expediente de trabalho.
Em Caarapó, a 283 km da Capital, os servidores estão em férias coletivas há uma semana. O prefeito Mário Valério (PR) justificou o ato como parte do plano de contenção de gastos adotado por conta da queda dos repasses federais.
Segundo o prefeito, além da crise geral que afeta o país, nesse período há diminuição acentuada das receitas municipais, o que obriga os prefeitos a adotarem medidas para fazer frente à perda de recursos financeiros. Em alguns casos, há até demissões, medida que Valério quer evitar.
Em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, o prefeito Ludimar Novais (sem partido) disse sábado ao Campo Grande News que já determinou a demissão de pelo menos cem funcionários contratados e redução do salário dele, do vice-prefeito, de secretários e de servidores comissionados com salários maiores.
“Estamos aprendendo a fazer mágica, porque realmente a situação é muito difícil e está cada vez mais complicada”.
CGNews