Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
Mudanças climáticas bruscas, temperaturas altas e baixa umidade do ar piores do que em 2020 são indicadas em levantamento do CBM (Corpo de Bombeiros Militar), como agravantes para incêndios neste ano. Até este domingo (22), os militares realizaram 6.136 atendimentos entre incêndios florestais e urbanos.
Destacando as complicações causadas pelo clima durante entrevista coletiva, o tenente-coronel Leandro Mota de Arruda explica que 2021 tem sido marcado por aumento no atendimento de incêndios. “Este ano está muito preocupante, porque as condições climáticas estão piores.
Quando se observa o mapa de calor do Estado, se vê uma situação quase incontrolável. Muito quente, muito seco e com condições extremamente favoráveis ao fogo”, explica.
Outro ponto indicado pelo tenente-coronel, é que os períodos de frio seguidos de calor intenso potencializam que a vegetação fique mais seca. “Estamos vendo que, em relação ao ano passado, há mais focos de calor”, diz. Especificamente sobre incêndios florestais, o CBM contabilizou 3.800 ocorrências entre janeiro e 22 de agosto de 2020, enquanto o mesmo período neste ano registrou 4.029.
Para o comandante do CBM, Hugo Djam, o aumento no número de registros também é causado pelo aumento de atendimentos do Corpo de Bombeiros e maior poder dado aos militares. Em virtude dos incêndios de 2020, os bombeiros receberam autorização do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) para que tenham poder de Polícia Ambiental.
De acordo com Djam, os militares passaram a poder responsabilizar as pessoas que dão origem aos incêndios em todo o Estado. “Nós temos, aproximadamente, 800 homens capacitados com formação para atuar nessa área de combate de incêndios”, completou.
Ainda de acordo com o comandante, outra ação tomada para melhorar o controle dos incêndios é que as atividades do CBM foram iniciadas em janeiro. Os militares iniciaram o planejamento no início do ano, realizaram cursos de formação com 250 bombeiros e a partir de abril, foram enviadas equipes ao Pantanal para cadastramento de populações e realização de orientação.
Já sobre incêndios urbanos, entre janeiro e agosto deste ano, o Corpo de Bombeiros Militar realizou 2.107 atendimentos de incêndios urbanos em todo MS. Sobre estas ocorrências, o comandante Hugo Djam explicou que a prevenção é manter a limpeza de terrenos baldios e não atear fogo.
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