Divulgação ► Vander Loubet e Zeca do PT negaram qualquer recurso ilegal da Odebrecht
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
A delação de executivos da Odebrecht denunciou que campanha para governo de Mato Grosso do Sul em 2006 foi irrigada com R$ 400 mil que seriam originados do setor de propinas da empreiteira.
O dinheiro, segundo denúncia, seria para o candidato do PT à época. O delator mencionou que José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, receberia o recurso. Contudo, conforme a delação, ele teria desistido e Delcídio do Amaral, então senador, foi quem obteve o dinheiro porque concorreu ao cargo.
As delações serviram de sustentação para inquéritos que foram instaurados ontem pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin. Ele acatou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) de abertura de investigação contra ministros do atual governo federal, senadores, deputados e governadores.
Zeca, que teve acesso aos autos ontem, disse que a menção do seu nome foi um "erro enorme". Ele foi governador entre 1998 e 2005, por isso não poderia concorrer a um terceiro mandato.
"Apoiei o nosso candidato, mas não tive nenhuma outra responsabilidade, seja de captação, seja de prestação de contas junto a Justiça Eleitoral. Esperando ter esclarecido a opinião pública, peço reparação da injustiça cometida nesta denúncia", escreveu o deputado estadual em nota.
O deputado, que nos bastidores não defende Delcídio, ainda alfinetou o ex-senador em sua nota enviada à imprensa. No documento ele menciona que o ex-senador "mantinha detalhadas reuniões", conforme denunciado. Zeca trava disputa com Antonio Carlos Biffi, homem de confiança de Delcídio, no comando estadual do partido. O pleito vai para segundo turno, com votação prevista para 30 de abril.
"Diz a denúncia que o delator do Grupo Odebrecht se refere a um pagamento de R$ 400 mil para minha campanha a governador em 2006. Em seguida diz o mesmo delator que tendo ocorrido minha desistência da candidatura naquela eleição, o referido valor foi repassado ao senador Delcídio, candidato do PT ao governo, com o qual mantinha detalhadas reuniões, segundo o mesmo delator", escreveu.
OUTRO NOME
Vander Loubet, que faz parte do mesmo grupo interno no PT de Zeca, também foi citado na delação da Odebrecht.
Em nota, o deputado estadual informou que aguarda manifestação oficial do STF sobre a denúncia. Ontem ele afirmou que ainda não tinha obtido acesso ao teor das acusações.
"Por conta do tema, o parlamentar reforça que todas as contribuições recebidas em campanha eleitoral foram devidamente oficializadas em prestações de contas aprovadas pela Justiça Eleitoral", detalhou nota.
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