arquivo ► Delcídio disse que quer volta a governar o Estado
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
O novo presidente do PTB em Mato Grosso do Sul e ex-senador, Delcídio do Amaral, não deve disputar as eleições municipais de 2020, de acordo com o próprio, seus planos são organizar o partido para em 2022 concorrer ao cargo de governador do Estado. Eleito em 2010 para o Senado Federal, o político teve seu mandato cassado em 2016.
“Eu vou ser candidato a governador. Ser governador do Estado, no estado onde eu nasci. Se eu ganhar o meu governo será diferente, não sei se melhor ou pior que este, mas diferente. Será moderno, tecnológico, de olho no futuro, usando instrumentos de gestão ágeis. Eu não terminei minha missão e vou voltar para terminar”, destacou.
Conforme o G1, Delcídio do Amaral foi eleito senador pela primeira vez em 2002 pelo PT. Ganhou destaque nacional ao ser presidente da CPI dos Correios, em 2005, na qual um dos investigados é o atual presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson. Em 2014, se tornou líder do governo Dilma Rousseff, porém dois anos depois perdeu o mandato.
“Interromperam um mandato popular com mais de 800 mil votos que ninguém alcançou até agora. Não terminei, foi interrompida por uma aberração jurídica. Eu tinha mais de R$ 2 bilhões investidos em Mato Grosso do Sul, um mandato respeitado, caminhão de votos. Eu fui executivo a vida toda e meu papel na política ainda não acabou”, ressaltou o novo presidente do PTB.
Em julho do ano passado, em meio a pré-campanha, a Justiça Federal absolveu o ex-petista das acusações. Amaral retomou seus direitos políticos, cassados quando ele perdeu o mandato em maio de 2016. O ex-senador era acusado de ter participado de um esquema para comprar o silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras que virou delator na Lava Jato.
Com seus direitos políticos de volta, Amaral tentou novamente se eleger como senador e registrou a candidatura no último prazo dado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 17 de setembro de 2018. Ele teve 109.927 votos, que ficaram pendentes de julgamento na Justiça Eleitoral. Em 2010 foi eleito com mais de 820 mil votos.
De acordo com Delcídio sua ida para o PTB não tem nenhuma rusga com o atual presidente da sigla, que foi investigado por Delcídio quando ele presidia a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com denúncias de corrupção envolvendo os Correios e o deputado Roberto Jefferson.
“Na verdade eu sempre tive um respeito muito grande pelo deputado.
Ela (a CPI) teve resultados porque investigou com isenção e mesmo em uma situação como esta, eu sempre tive o respeito e dali criamos uma grande amizade, amizade fortes surgem na crises. Soubemos separar o processo da CPI com nossa relação pessoal. Ele sendo o presidente do partido se tivesse alguma aresta vetaria o meu nome”, afirmou.
Na sucessão do deputado estadual Neno Razuk para Delcídio do Amaral, o ex-senador afirmou que será o momento de cuidar do partido para que as bases se fortaleçam vislumbrando o pleito de 2022.
“O Neno quer ser candidato a reeleição. Essa transição é absolutamente tranquila e sem nenhuma crise. Está sendo ajustada entre nós, como ele tem palavra é sério, um cara que tem espírito público, percebeu que não pode misturar partido com mandato. Quer você queira ou não o partido é maior que o mandato”.
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