Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
Cenas que comoveram o mundo em 2020, infelizmente, estão de volta ao Pantanal neste junho de 2024. O mês, que registra o maior número de focos de incêndios na série histórica dos últimos 22 anos, já deixa um saldo trágico na flora e na fauna.
Na terra tomada pelas cinzas da queimada, surge um jacaré que não conseguiu fugir das chamas e morreu carbonizado. O drama dessa nova temporada fogo também se retrata na vegetação ressequida, enquanto brigadistas lutam contra os incêndios que se espalham pela maior planície alagável do planeta.
As imagens são da última sexta-feira (dia 14), na Serra do Amolar, que até 2020 era uma das áreas mais preservadas no Pantanal que se espalha por Corumbá.
Conforme apurado pela reportagemdo CGNews, o incêndio começou com ribeirinho que foi coletar mel em uma propriedade privada e colocou fogo para espantar as abelhas.
Segundo série histórica do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que tem dados a partir de 1998, junho de 2024 já registra 1.154 focos. Antes, o recorde para o mês tinha sido em 2005: 435 focos.
Historicamente o período de seca no Pantanal ocorre no segundo semestre, mas o bioma já enfrenta aumento dos focos de incêndio.
O Instituto SOS Pantanal divulgou na última terça-feira (dia 11) dados alarmantes do Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais), da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Levantamento revela que o acumulado de áreas queimadas de janeiro a maio de 2024 já superou em 39% o registrado no mesmo período de 2020, o pior ano da série histórica, com 332 mil hectares atingidos em 2024 contra 239 mil hectares em 2020.
De acordo com o IHP (Instituto Homem Pantaneiro), os incêndios estão provocando nuvem densa de fumaça em algumas regiões, como Paraguai-mirim, Corumbá e Ladário. -
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