Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
O aumento no preço do litro da gasolina começa a ser percebido em Campo Grande. Conforme levantamento realizado pela reportagem do Correio do Estado, há menos de 15 dias o combustível era encontrado a R$ 3,68 em alguns postos da Capital.
Ontem, os preços chegaram a R$ 3,95, ou seja, R$ 0,27 a mais do que no levantamento anterior. O reajuste para o consumidor ainda é reflexo do reajuste de 12% anunciado pela Petrobras no dia 13 de maio.
A estatal anunciou que a partir de hoje aumentará em 5% o preço do litro da gasolina nas refinarias. O diesel será reajustado em 7%. É o segundo aumento feito pela Petrobras após 11 quedas de preço consecutivas no ano.
A gasolina vendida pela estatal para as distribuidoras sofrerá alta de R$ 0,06 por litro, enquanto o diesel subirá, em média, R$ 0,10 por litro. O petróleo tipo Brent, usado como parâmetro pela estatal, subiu 2,08% para o contrato de agosto, cotado a US$ 36,87 o barril, depois de ter caído abaixo de US$ 20 o barril em meados de abril. Apesar dos aumentos, no acumulado do ano a gasolina teve redução de 30,9% e o diesel redução de 35,4%.
Em Campo Grande, conforme levantamento do Correio do Estado, o litro da gasolina pode ser encontrado com preços entre R$ 3,79 e R$ 3,95. Há duas semanas, a variação era de R$ 3,68 a R$ 3,85. De acordo com o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos (Sinpetro-MS), Edson Lazarotto, geralmente o impacto da mudança nas refinarias demora alguns dias para aparecer nas bombas. A mudança nos preços atuais é resultado da alta de 12% anunciada pela refinaria na primeira quinzena de maio.
“Saiu novo reajuste que valerá a partir de hoje. Como os postos são os últimos elos dessa cadeia, geralmente pode ocorrer aumento imediato ou no transcorrer de dias, depende do mercado”, informou Lazarotto.
Outro fator que influencia nos preços dos combustíveis é o aumento do consumo. Durante o período de isolamento social, os donos de postos apontaram queda de até 70% nas vendas. Com a grande oferta e a baixa procura, os preços foram reduzidos no período. Com a flexibilização das regras de isolamento e o retorno das atividades econômicas, a venda de combustíveis começam a se estabilizar.
Lazarotto acredita que a normalidade na comercialização de combustíveis deve ser sentida no mês que vem. “Ainda não [nos] recuperamos, semana passada teve outra caída de volume. O setor espera que no mês de junho tudo volte gradativamente ao normal”, considerou o diretor do Sinpetro-MS.
O levantamento realizado pela reportagem ainda encontrou o preço do litro do diesel S10 a uma média de R$ 3,05, variando de R$ 2,95 a R$ 3,08 em Campo Grande. Já o litro do diesel comum apresenta o preço médio de R$ 3,00, com preço mínimo de R$ 2,99 e máximo de R$ 3,02. O etanol custa entre R$ 2,79 e R$ 2,99, com preço médio de R$ 2,92.
ESTADO
Levantamento realizado semanalmente pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apontou que o preço médio do litro da gasolina em Mato Grosso do Sul neste mês foi de R$ 3,90, variando entre o mínimo de R$ 3,73 e o máximo de R$ 4,69. Na Capital, o preço apontado pela pesquisa da Agência é de R$ 3,81 por litro, com valor mínimo de R$ 3,75 e máximo de R$ 3,98.
Ainda conforme os dados da ANP, o litro do diesel comum é comercializado a R$ 3,08 no Estado. O menor preço praticado para o combustível é de R$ 2,81 e o máximo de R$ 3,66. O diesel S10 foi de R$ 2,89 a R$3,69, uma média de R$ 3,19. Em Campo Grande, o preço médio do diesel comum foi de R$ 3,01, e o do diesel S10, R$ 3,12.
NA ESTATAL
Nos primeiros dias de maio, o litro da gasolina era vendido nas refinarias a R$ 0,91, menor preço praticado pela Petrobras desde 2004. A partir desta quarta-feira, o litro passa a ser vendido a R$ 1,32.
Correio do estado.