19/05/2017 08h35min - Política
8 anos atrás

Em conversa com Temer, dono da JBS relata obstrução à Justiça e suborno de procuradores

Temer, JBS, Politica

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: A Gazeta News


As conversa em que gravou o presidente Michel Temer, o dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, relata uma sequência de crimes que vão de obstrução à Justiça, suborno de procuradores e compra de informações privilegiadas. A gravação do empresário que fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR) mostra até tentativa de ter influência em órgãos que regulam e fiscalizam as atividades do grupo empresarial. Ao longo do encontro, Temer ouviu tudo e não condenou os relatos de crimes do empresário em nenhum momento. Pelo contrário, em alguns trechos da conversa, o peemedebista chegou a repetir que tava "ótimo". Além disso, o presidente da República não mandou investigar nada. Com desembaraço e demonstrando intimidade com o chefe do Executivo federal, Joesley pediu na conversa facilidades dentro do governo e combinou encontros na calda da noite. Joesley Batista foi em 7 de março ao Palácio do Jaburu – residência oficial da Vice-Presidência na qual Temer ainda mora com a família – para encontrar com o presidente da República às 22h40. O compromisso não estava na agenda oficial do peemedebista. Com o gravador no bolso, o dono da JBS registrou cerca de 30 minutos de conversa. Na vasta documentação entregue pela PGR ao Supremo Tribunal Federal (STF), os investigadores fazem uma análise do áudio. G1