02/03/2020 09h54min - Geral
5 anos atrás

Em posição de sentido, 850 alunos inauguram escolas cívico-militares

escolas cívico-militares

CGnews ► Bombeiro Militar orienta alunos já no primeiro dia de aula

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News


De uniforme característico dos coronéis do Corpo de Bombeiros, Coronel Romeiro bate à porta da sala 1º ano B na Escola Estadual Alberto Elpídio Ferreira Dias na manhã desta segunda-feira (2). Aguarda um instante e em seguida, aluno abre a porta, permanece em posição de sentido enquanto aguarda o próximo comando. É assim, em sóbria disciplina, que começa o primeiro dia do ano letivo cívico-militar em duas escolas estaduais de Campo Grande.

Duas escolas da rede estadual aderiram ao programa federal e oferecem o regime cívico-militar com 850 alunos matriculados. São elas a Escola Estadual Alberto Eupídio Ferreira Dias, no Jardim Anache e a Escola Estadual Marçal de Souza, no Jardim Los Angeles.

Na primeira, a disciplina fica sob a vigilância de 12 militares do Corpo de Bombeiros e na segunda, quem oferece ordem são 10 policiais militares.

Às 6h40 devem entrar. Às 7h, no pátio, cantam o hino, olhando para cima onde, num palco, posicionam-se militares e docentes. Em seguida andam, em fila, para a sala de aula.

Pouco tempo depois, às 9h, saem, em fila, para o lanche da manhã. No Jardim Anache, assim começou a manhã de 420 alunos que vão permanecer nessa disciplina em tempo integral.

Unidos em posição de sentido, alunos começam ano letivo cívico-militar

As aulas contemplam alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental e do primeiro ano do ensino médio, das 7h às 16h30. Além do lanche da manhã, realizam mais duas refeições na escola: almoço e lanche da tarde. Depois do intervalo de almoço, voltam às salas de aula às 13h.

De cabeça abaixada, um dos alunos que parece aprender uma lição não segura o riso (Foto: Marcos Maluf)De cabeça abaixada, um dos alunos que parece aprender uma lição não segura o riso (Foto: Marcos Maluf)

Monitores – Pelos corredores espalham-se os 12 monitores militares que acompanham cada passo dos alunos. Nenhum aluno deixa a sala de aula se informar o motivo. Fichas sobre a rotina de cada um deles permanecem sobre a responsabilidade dos monitores. Até continência, outra posição da hierarquia militar, é vista nesta manhã entre aluno e monitor. Por enquanto, o uniforme ainda é a camiseta verde da rede estadual.

Nesta escola há 35 professores, mas os militares do Corpo de Bombeiros também ministram, uma vez por semana, a disciplina de educação para a cidadania, além de outras disciplinas que são eletivas.

Na sala de aula, o primeiro dia do ano letivo na escola (Foto: Marcos Maluf)Na sala de aula, o primeiro dia do ano letivo na escola (Foto: Marcos Maluf)

Coordenadora estadual do programa das escolas cívico-militares, Eliana Werneck, afirma que o complexo da Escola já foi construído voltado ao modelo de ensino militar de tempo integral, a exemplo dos pátios onde devem ocorrer as formaturas.

Na Marçal de Souza, que também tem ensino noturno, 430 alunos estão matriculados e as aulas serão ensinadas por 42 professores.

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