Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
Donos de comércios presos, nessa terça-feira (29), durante a Operação Gattuno, não ficaram na cadeia. Ontem mesmo, depois que a força-tarefa flagrou ligações clandestinas de luz, os empresários foram levados para a 2ª DP (Delegacia de Polícia) e indiciados, mas responderão pelo furto de energia em liberdade, após pagarem fiança que variou de 1 a 3 salários mínimos.
De acordo com o delegado responsável pela operação, Enilton Pires Zalla, no total, foram recolhidos R$ 9,9 mil em fiança. A pena para o crime é de 1 a 4 anos de prisão.
Ele explica ainda que os comércios, onde os “gatos” foram encontrados, são reincidentes. “Os fiscais da Energisa, naqueles pontos onde identificam a fraude, notificam o consumidor. Ele paga todo o prejuízo, é restabelecida a ligação e ele fica ali fichado dentro da concessionária. Numa eventual modificação novamente [no padrão de consumo], é que a polícia é acionada. Esses locais que a gente foi e fizemos as prisões, portanto, já eram reincidentes”.
Segundo Zalla, a operação continua até atingir o total 37 locais, onde possivelmente serão encontradas fraudes dos medidores de gasto com luz visitados.
Quem paga? – Ontem, a força-tarefa, que conta com policiais, peritos e técnicos da Energisa, estiveram em quatro estabelecimentos, localizados na Vila Rica, Vila Gomes, Coronel Antonino e Vila Margarida. De acordo com os delegados, nestes pontos, os furtos de energia aconteciam há pelo menos cinco meses, gerando um prejuízo mensal de R$ 60 mil – cerca de R$ 300 mil.
Zalla explicou que os donos dos estabelecimentos conseguem contratar esse desvio de energia através de ex-funcionários da empresa fornecedora ou eletricistas, que entendem sobre os equipamentos. "Conseguem desviar a energia e indicar um consumo menor na unidade consumidora. No entanto, é importante deixar claro que quem paga por esse desvio são os outros consumidores", afirmou.
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