04/02/2016 08h52min - Educação
10 anos atrás

Escolas estaduais adotam pesquisas em salas de aula e abandonam provas

Professor sai da posição de líder para orientador de ensino.

Ilustração ► Escola Estadual Waldemir Barros da Silva, no bairro das Moreninhas, em Campo Grande

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Midiamax News


A partir do dia 29 deste mês duas escolas públicas do Estado funcionarão com ensino diferenciado. O aluno não será mais avaliado com provas finais e as aulas não serão mais divididas por disciplinas. O projeto, que estabelece um ensino moderno, está sendo implantado pela SED (Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul) nas escolas de educação integral, Waldemir Barros da Silva, no bairro das Moreninhas, e a Manoel Bonifácio Nunes da Cunha, no Jardim Tarumã. As lições expositivas saem para entrar o método de pesquisa. As mesas e carteiras enfileiradas com professor como 'chefe da sala' dão lugar a um ambiente de pesquisa, e o pedagogo passa a ser um 'orientador de estudo'. Segundo a secretária Maria Cecilia Amendola da Motta, cada aluno irá avançar de acordo com a sua velocidade de aprendizado. “Não haverá provas finais e avaliações que exigem que alunos decorem conteúdos, como ensino arcaico que temos. A avaliação será a produção do ano inteiro. Hoje a tecnologia e a pesquisa permite um ensino mais aprofundado em diversas áreas”. Os alunos terão tempo flexível de oito horas, com ensino integral manhã e tarde. O modelo é inspirado na Escola da Ponte, do professor português José Pacheco que existe em outros estados, mas em Mato Grosso do Sul está sendo implantado pela primeira vez. A ideia é que outras unidades de ensino recebam a mudança. “Não estamos em fase de teste porque não tem como testar algo que já deu certo em outros lugares. Estamos aplicando o que já deu certo.” Ainda de acordo com a secretária, o modelo está sendo trabalhado desde o inicio de 2015. "Os professores já passaram em outubro por uma profissionalização e os pais e alunos já estão cientes do novo modelo de ensino". O projeto tem a supervisão do professor Pedro Demo, aposentado da UnB (Universidade de Brasília). (Com supervisão de Kemila Pellin) Midiamax