G1 ► Ozil teve espaço de sobra para liquidar Argélia na prorrogação
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
Cinco prorrogações nas oitavas de final, número maior do que os tempos extras registrados em toda a Copa do Mundo da África do Sul. Mais do que uma quantidade de jogos empatados no tempo regulamentar, o mundial do Brasil chama atenção pelo número de jogadas perigosas e gols no final das partidas, seja no tempo normal ou na prorrogação. Para dois especialistas em Educação Física, os números não são mera coincidência e sim consequências do desgaste físico e psicológico enfrentados pelas equipes durante a competição.
De acordo com o doutor em Treinamento Esportivo e professor na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Maurício Bara, o número alto de prorrogações e o aumento de lances de perigo e gols durante o tempo extra tem a ver com a perda de água durante as partidas.
- A desidratação influencia muito no desempenho do jogador. A perda de água faz com que o sistema cognitivo seja menos eficiente. Desta forma, as reações são mais lentas e a incidência de falhas tende a ser maior – disse.
Para o doutor em Psicologia do Esporte, e também docente na UFJF, Renato Miranda, o cansaço muscular auxilia ainda mais na compreensão do número de gols e falhas nos últimos minutos de jogo. Nos três jogos das oitavas de final que tiveram um vencedor no tempo normal, três dos sete gols saíram nos últimos 15 minutos do tempo regulamentar.
No único empate com gols no tempo normal, o tento da Grécia contra a Costa Rica, que levou o jogo para a prorrogação, foi marcado no último lance da partida. Nos outros três confrontos, sete gols foram marcados, totalizando quase dois gols em média por tempo extra. De acordo com Renato Miranda, os números elevados têm a ver com o desgaste físico, e se refletem na parte psicológica.