Divulgação ► Sérgio Assis entrou na justiça neste sábado (28) com ação inibitória contra a Rede Glogo de Televisão
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Midiamax News
O ex-deputado Sérgio Assis entrou na justiça neste sábado (28) com ação inibitória contra a Rede Glogo de Televisão, porém, teve o pedido negado pelo Juiz Roberto Pereira Filho. A estratégia de Assis visava proibir exibição de matéria sobre a rede de exploração sexual em Mato Grosso do Sul, programada para ir ao ar na noite deste domingo (29).
No pedido, Sergio Assis justifica que o processo corre em segredo de justiça e, por isso, não poderia ser divulgado pela imprensa. Já no entender do juiz Roberto Filho, não há motivos para proibir a exibição do conteúdo. “Não pode haver censura em um estado democrático de direito. Se houver abuso na informação, há medidas legítimas a serem tomadas na sequência. Direito de resposta e eventual reparação de danos morais, além de queixa crime se houver calúnia, difamação ou injúria”, explicou.
Ainda conforme o magistrado as investigações apontam “favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável", que passou a integrar o rol dos crimes hediondos.
O caso
Robson Leiria Martins foi preso no dia 17 de abril ao ser flagrado no estacionamento de um supermercado extorquindo R$ 15 mil do então vereador Alceu Bueno. O dinheiro seria para impedir a divulgação de vídeos nos quais Alceu aparecia praticando sexo com adolescentes.
O material seria parte de um esquema de exploração sexual das jovens, que registravam os encontros com figuras públicas em câmeras escondidas, para extorqui-los depois.
Após a revelação do caso, que chegou ao conhecimento da polícia, Alceu Bueno renunciou ao cargo de vereador. Além dele, o ex-deputado estadual Sérgio Assis também foi indicado por favorecimento à exploração sexual no caso.
Nesta semana, o caso voltou a ser repercutido após informações de que a Justiça acatou denúncia de envolvimento de um empresário e outras três mulheres no caso, que culminaram em indiciamentos por mais dois crimes: estupro e associação criminosa.
A decisão foi do juiz da 7ª Vara Criminal de Campo Grande, Marcelo Ivo de Oliveira, que acatou a denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) no processo que corre em segredo de Justiça.
Fabiano Otero, acusado de ter agenciado as meninas para os políticos, apontou os outros envolvidos após ter firmado acordo de delação premiada. Com o desdobramento das investigações, a polícia e o Gaeco descobriram que os envolvidos agenciavam até mesmo crianças, a pedido dos “clientes”.
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