20/11/2019 10h13min - Geral
5 anos atrás

Gatos na rede poderiam abastecer Corumbá e Bonito

Gatos na rede

Divulgação ► Energisa combate gatos na rede elétrica

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


O furto de energia elétrica, mais conhecido como ‘gato’ registra um alto índice de prejuízos. No período de um ano, Mato Grosso do Sul registrou perda não técnica de 219,5 Gwh de energia elétrica. O levantamento realizado entre outubro de 2018 e setembro de 2019 aponta que a quantidade de energia desviada seria suficiente para abastecer por um ano dois municípios do Estado. Informações da concessionária de energia elétrica, Energisa-MS, indicam alto índice de furto e desvio de energia. “Apesar de todos os esforços da empresa, ainda é observado alto índice de furto e desvio de energia elétrica. Para fim de comparação, o montante de energia não faturado no período é suficiente para atender durante um ano os municípios de Corumbá e Bonito”, informa documento enviado à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems). A empresa informou ao Correio do Estado que o impacto de roubos é de 1,4% na tarifa de energia. “Para um cliente com uma fatura de R$ 100, o impacto é de R$ 1,40 com as perdas por furto e fraude de energia. Enquanto em outras distribuidoras do Brasil o impacto é de 21% na tarifa de energia. Um cliente com uma fatura de R$ 100, é onerado em R$ 21 com as perdas”, informou a Energisa. Segundo a concessionária, a otimização das perdas pela Energisa traz benefícios que vão além da redução do impacto na tarifa, tais como a segurança da população e melhorias na qualidade do fornecimento. RELIGAÇÃO O documento foi enviado à Casa de Leis para esclarecer pontos discutidos pelos deputados. A proposta apresentada na Assembleia Legislativa pelo deputado Felipe Orro (PSDB) é para que a concessionária de energia elétrica seja proibida de cobrar a taxa de religação, não foi aprovada e projeto foi arquivado. Os deputados tentam legislar sobre lei federal e o projeto acaba sendo arquivado com placar de 12 a seis. Uma das justificativas para o arquivamento é que a competência é da União e não do Estado. “Peço que parem de enganar o consumidor. Vocês apresentam matérias que iludem a população e nós sabemos que isso não vai dar em nada. Pode até ser aprovada aqui, mas na hora de sancionar, vai ser vetada”, afirmou o líder do PSDB na Casa de Leis, deputado Rinaldo Modesto. Depois que a proposta passou na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), bem como aprovada em plenário, em primeira discussão, o deputado João Henrique Catan (PL) pediu para que a empresa apresentasse o número de religações que foram feitas no período de janeiro a outubro de 2019. De acordo com documento da Energisa, foram realizadas 264.068 religações, sendo arrecadados R$ 3 milhões em taxas. A empresa alega que se as taxas não puderem mais ser cobradas dos inadimplentes, esse montante deverá ser cobrado daqueles que pagam as contas em dia. “Custo de religação será cobrado de alguém, não esxite almoço grátis”, declarou o líder do Governo no Legislativo, deputado José Carlos Barbosa (DEM). Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades da Energisa foi criada na Assembleia Legislativa. Hoje, às 8h30min será a primeira reunião para decidir quem será o presidente e o relator da comissão. Os cinco titulares escolhidos são: Felipe Orro (PSDB), Renato Câmara (MDB), Renan Contar (PSL), João Henrique Catan (PL) e José Carlos Barbosa (DEM). Os suplentes serão: Marçal Filho (PSDB), Márcio Fernandes (MDB), Evander Vendramini (PP), Antônio Vaz (PRB) e Lidio Lopes (Patri). Correio do Estado