João Paulo Gonçalves ► Governador Reinaldo Azambuja em entrevista depois de evento nesta terça-feira.
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
O processo de venda da UFN-3, fábrica de fertilizantes da Petrobras com 81% das obras concluídas em Três Lagoas, contou com interferências do governo de Mato Grosso do Sul. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou que tem conversado com o presidente da estatal, Pedro Parente, sobre a necessidade de passar o empreendimento para a iniciativa privada.
Apesar de enfatizar que a venda da unidade é questão de mercado, o governador contou que tratou sobre o assunto com Parente. “A gente tem conversado com Pedro Parente da importância... Já que a Petrobras não tem capital próprio, que ela possa desonerar esse ativo para a iniciativa privada”, disse Azambuja na tarde desta terça-feira (12) durante agenda pública na governadoria.
O chefe do Executivo lembrou que tanto o Estado quanto a Prefeitura de Três Lagoas concederam incentivos à Petrobras para instalar a fábrica no município. “Vamos torcer para que a fábrica possa ser concluída e que possam ser gerados os empregos prometidos e trazer desenvolvimento econômico para a região”, afirmou Azambuja.
“Esperamos que a iniciativa privada faça os investimentos e devolva a Mato Grosso do Sul os empregos, aqueles investimentos que foram prometidos [por ocasião] da doação da área e dos incetivos fiscais daquela obra”, acrescentou.
Nesta segunda-feira (11), a Petrobras comunicou ao mercado que abriu processo de venda da UFN-3.
Maior rigor – Ainda em relação a incentivos, o governador lembrou que a Sefaz (Secretaria de Fazenda) realiza estudo sobre o cumprimento ou não dos projetos firmados pelas empresas beneficiadas.
“Mas não temos cinco empresas, mas sim 1.199 com incentivos”, justificou em menção ao complexidade do trabalho de verificação da execução dos compromissos assumidos pelos empresários.
Azambuja também destacou que a política de incentivos fiscais de Mato Grosso do Sul tem impactado positivamente a economia do Estado. “Foram gerados milhares de empregos”, afirmou, citando recente pesquisa, que mostra que o PIB (Produto Interno Bruto) sul-mato-grossense pode ter o terceiro maior crescimento entre as unidades da federação neste ano.
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