Divulgação ► Governadora em exercício se reuniu com representantes do magistério
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
O Governo do Estado definirá até dia 11 de fevereiro se terá capacidade financeira para pagar o reajuste de 11,36% novo piso salarial dos professores, previsto a partir de janeiro de 2016. É possível que seja proposto algum tipo de parcelamento deste aumento para amenizar o impacto financeiro.
Hoje os professores estão recebendo 73,78% do valor do piso que a categoria quer receber por 20 horas. Neste ano, conforme o acordo firmado ano passado com o Governo, além destes 11,36%, eles terão em outubro, mais 5,92%. A previsão é que até 2021 haja inteligralização do piso.
O prazo foi definido em reunião entre a governadora em exercício, Rose Modesto, e representantes da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), realizada nesta terça-feira (19), na Governadoria.
A entidade, em princípio,não concorda com o adiamento do reajuste para agosto, nem sua redução para 7,41%,conforme prefeitos e governadores defenderam junto à presidente Dilma Roussef.
Pelos cálculos da Fetems, o aumento terá um impacto de R$ 11 milhões de folha da educação, elevando em R$ 265,25,o salário inicial por 20 horas aula, do professor com nível universitário, que passaria de R$ 2.334,96 para R$ 2.60021.
Os gestores sustentam que as receitas de estados e municípios estão caindo, por conta a crise econômica, enquanto o piso nacional nos últimos teve um aumento real (acima da inflação) de 87% nos últimos seis anos.
A reunião teve a participação dos secretários de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, e de Administração e Desburocratização, Carlos Alberto de Assim, e deixou claro a disposição do Governo em buscar recursos para o pagamento do novo piso nacional. “Vamos nos reunir com o secretário da Fazenda para buscar uma forma de viabilizar os recursos. A proposição do governo é sempre de valorizar a educação”, destacou a governadora.
O presidente da Fetems, Roberto Borarelli, reconheceu a disposição e comprometimento do Estado nas negociações com a categoria. “Estou muito tranquilo. Todos os acordos feitos com este governo até agora foram cumpridos. Entendo a dificuldade financeira, mas estou otimista. Tenho certeza que o governo vai achar um caminho até o dia 11”, afirmou.
Outro assunto a ser abordado na reunião será a possibilidade de haver antecipação do início das aulas, decisão que o Estado vai tomar discutindo a viabilidade junto aos municípios. Também participaram da reunião na Governadoria o tesoureiro da Fetems, Jaime Teixeira, e o presidente da Associação Campo-grandense de Professores (ACP), Lucílio Nobre.
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