FernandoAntunes ► Ministro do Esporte, George Hilton, e outras autoridades, durante videoconferência com a presidente Dilma Rousseff (PT), no sábado (13).
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: A Gazeta News
A SES (Secretaria de Estado de Saúde) oficializou a criação da Sala de Situação de Acompanhamento da execução do Plano Emergencial de Vigilância do combate ao Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya –, mas o local já funciona desde o início do mês passado.
A resolução que institui a atuação em Mato Grosso do Sul foi publicada hoje (15), no DOE (Diário Oficial do Estado), com efeitos retroativos a partir de 1° de janeiro deste ano.
O trabalho desenvolvido na Sala de Situação foi elogiado pela presidente Dilma Rousseff (PT), no sábado (13), quando o ministro do Esporte, George Hilton, esteve em Campo Grande para o dia “D” de combate ao vetor. “Mato Grosso do Sul vai ganhar mais medalhas de ouro”, brincou a presidente da República, durante videoconferência.
A Sala de Situação é uma central montada pelo Governo do Estado para receber informações sobre o trabalho contra doenças transmitidas pelo Aedes, criada para manter dados sobre o combate, controle, prevenção e redução de doenças transmitidas, além de colocar em prática o plano emergencial de vigilância realizado pelo Comitê Estadual de Combate ao vetor.
Na resolução assinada pelo titular da SES, Nelson Barbosa Tavares, foi estabelecido que a Sala de Situação será composta por um representante de cada órgão com compõe o Comitê Estadual. Entre as atribuições do local está a de monitorar em tempo real o trabalho realizado pelas equipes municipais no combate ao Aedes.
Também é responsabilidade do local receber dados das ações de combate, controle, prevenção e redução do índice de infestação do mosquito, além de verificar o cumprimento das metas mensais dos agentes para pagamento da produtividade.
A resolução criou ainda a Secretaria Executiva da Sala de Situação, composta por técnicos para organizar o trabalho desenvolvido em todo o Estado, mas a participação como membro não será remunerada.
Dados - Campo Grande registra 91 novos casos suspeitos de dengue por dia. Em apenas nove dias foram 826 notificações da doença entre 2 e 10 de fevereiro. O boletim epidemiológico da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), divulgado na quarta-feira (10), apontou aumento de 10,7% no número de notificações.
Na semana passada eram 6.876 notificações, mas no boletim divulgado nessa quarta-feira até mesmo os casos de janeiro registrados em janeiro tiveram aumento. Até o dia 2 de fevereiro eram 6.876 casos mas agora passaram para 7.592, além de 111 em fevereiro, com um total de 7.702 notificações este ano.
Os casos de zika vírus também aumentaram, agora são 729 notificações de zika vírus, 701 em janeiro e 28 em fevereiro. Este ano a doença foi confirmada em duas mulheres que estavam grávidas, mas já tiveram bebê. No balanço anterior eram 487 casos. Já a febre chikungunya, que registrou 80 em janeiro, teve apenas uma notificação em fevereiro.
Enquanto as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti – dengue, zika e chikungunya – tem cada vez mais casos registrados em Campo Grande, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) ainda não divulgou o boletim epidemiológico. Os dados deveriam ser publicados na quarta-feira (10), mas por conta do período de carnaval não foram concluídos. A promessa era de que a divulgação seria na sexta-feira (12), o que também não aconteceu.
Em Mato Grosso do Sul o boletim epidemiológico, divulgado na quarta-feira (3), apontou 12.219 casos suspeitos de dengue nas quatro primeiras semanas do ano. O número representa 3.950 novos casos suspeitos em relação ao levantamento anterior, o total é 47,7% maior. Também já supera os dados de 2014, quando foram computados 9.256 casos ao longo do ano.
Já entre os dias 24 e 30 de janeiro, foram registradas 1.804 notificações, contra 2.133 das computadas entre os dias 17 e 23 deste mês, o que representa uma queda de 15,4% de casos suspeitos em uma semana. O município de Dois Irmãos do Buriti lidera o ranking de cidades com maior índice de incidência do Aedes aegypti, com 172 notificações, seguido de Deodápolis, com 175. Em terceiro lugar vem Caracol, com 74 casos suspeitos.
Na Capital, as confirmações de óbitos devido a dengue continuam sendo as mesmas do último boletim, com dois casos, uma criança de 8 anos, que morreu no dia 12 de janeiro na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida ao dar entrada com dengue clássica e depois sofrer uma parada cardíaca e a adolescente Karolina Ribeiro Soares Rodrigues, 16, que morreu um dia depois no Hospital Regional Rosa Pedrossian. Em todo o Estado foram registrados 17 óbitos no ano passado por causa da doença.
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