Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) multou proprietários rurais de Corumbá em R$ 100 milhões pela prática de incêndio florestal no Pantanal. União, Estado e voluntários travam, desde o primeiro semestre, um esforço concentrado para apagar queimadas, resgatar animais e tentar proteger a vegetação do bioma.
As duas multas aos donos são punição por fogo que atingiu área de cerca de 333 mil hectares, se estendendo por 135 propriedades, segundo divulgou o Ibama. Foi a mais extensa área destruída por uma queimada, conforme o órgão federal. Segundo os fiscais, o fogo teve início em vegetação nativa típica do Pantanal em junho. Devido às condições climáticas da região, o incêndio levou 110 dias para ser controlado pelo Prevfogo e todas as equipes mobilizadas.
A identificação da origem do fogo ocorreu após quase um mês de investigações. A área incendiada foi embargada, para que seja possível a regeneração da vegetação destruída. As queimadas estão proibidas e, na semana passada, decreto presidencial elevou valores das multas para tentar coibir o uso do fogo para manejo de áreas. O Ibama não divulgou o nome das pessoas responsáveis pela propriedade alvo das multas.
As multas por incêndios florestais variam de R$ 5 mil por hectare em florestas cultivadas a R$ 10 mil para o mesmo tamanho de área em floresta ou vegetação nativa. O uso de fogo em áreas agropastoris sem autorização poderá gerar a aplicação de multa de R$ 3 mil por hectare ou fração, até então, a penalidade era de R$ 1 mil.
Além de agravar as multas, diante do aumento das queimadas no Brasil em agosto e setembro deste ano, e dos esforços realizados no combate aos incêndios florestais, o Ibama iniciou uma série de notificações preventivas a proprietários rurais, apresentando orientações e cobrando a adoção de medidas de prevenção e controle de incêndios.
Tamanho da destruição - Esse ano, a estiagem começou mais cedo, antecipando o agravamento das queimadas já para o primeiro semestre, quando foram registrados 36,3 mil focos de calor no Pantanal. As autoridades chegaram a declarar que a situação já se tornava mais crítica que a tragédia ambiental vivenciada em 2020. No começo desta semana, haviam sete focos ativos.
Considerando o bioma em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, o total de áreas atingidas pelo fogo somou 2.014.850 hectares, 13,4% do bioma, a maior destruição registrada em MS, com 1.428.300 hectares, dados do Lasa-UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
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