Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
Técnicos do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) vão investigar a origem do encalhe no Rio Miranda no último fim de semana. Drones serão utilizados para sobrevoar áreas que possam ter sido desmatadas de forma irregular
De acordo com o diretor-presidente do instituto, André Borges, uma área já foi delimitada para observação. “De antemão, nosso entendimento é que esse material tenha sido arrancado das margens pelas fortes chuvas”, avalia.
Outra possibilidade avaliada pelo Imasul é de que o material ainda seja rescaldo das queimadas ocorridas durante a Primavera no Pantanal.
No entendimento do Imasul, a intensidade das chuvas nos últimos dias pode ter contribuído arrancando a vegetação, visto que o material é composto em maioria por vegetação nativa das margens do rio.
De acordo com o comandante da PMA (Polícia Militar Ambiental), em Miranda, tenente Antônio Rondon da Silva, o volume de sedimentos carregado foi maior e criou a barreira navegação na altura da Ponte do Calcário, já na área urbana de Miranda, município localizado a 201 km de Campo Grande.
“O fenômeno é conhecido da população, ocorre todos os anos nessa época de chuvas mais intensas. Esse tipo de vegetação é característica do Rio Miranda”, diz o comandante.
Equipe da prefeitura iniciou os trabalhos de desobstrução nesta segunda-feira (13) utilizando tratores. Simultaneamente, os técnicos do Imasul estudam imagens de satélite feiras nos últimos dias para comparar eventuais alterações na paisagem.
Segundo o Imasul, no último dia de 2019 a régua de medição do nível do leito do rio marcava 3,86 metros e hoje atingiu os 5,28 metros de volume d’água. Segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), choveu 138,4 milímetros desde o início do mês até hoje na região.
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