28/09/2015 14h11min - Polícia
10 anos atrás

Indios ignoram ordem judicial e mantêm ocupação em área de conflito

área de conflito

arquivo ► Os indigenas até o momento não obedeceram a Ordem Judicial para deixar as fazendas

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


Venceu há dez dias a determinação judicial para que os índios desocupem quatro fazendas no município de Antonio João, a 279 km de Campo Grande. Localizadas na área Ñande Ru Marangatu, reivindicada pelos guarani-kaiowá, as fazendas foram palcos de conflitos entre índios e fazendeiros, em 29 de agosto, quando Semião Fernandes Vilhalva, 24, morreu com um tiro na cabeça. No dia 11 deste mês, o juiz federal Diogo Ricardo Goes Oliveira, da 1ª Vara Federal de Ponta Porã, determinou a desocupação das fazendas dentro de cinco dias, prazo expirado no dia 18. Entretanto, os índios continuam em três áreas, segundo a advogada e proprietária de uma das fazendas invadidas, Luana Ruiz Silva. No despacho, Diogo Oliveira reconsiderou a liminar estabelecida em 2005, quando os índios descumpriram acordo e ocuparam mais de 300 hectares da produtora rural Roseli Maria Ruiz, em desrespeito aos 30 hectares a que eles têm direito, por força de acordo judicial. O juiz mandou intimar o dirigente da Funai com competência em Antônio João para cumprimento da ordem de desocupação. O Delegado-Chefe da Polícia Federal em Ponta Porã também foi intimado para que tome as providências necessárias para retirada dos índios e para apurar a ocorrência de crime por descumprimento do mandado de dez anos atrás. Exército na região Desde 1º de setembro, 800 homens do Exército estão na região de Antonio João para evitar novos confrontos entre índios e produtores rurais. A Operação Dourados, determinada pela Presidência da República por solicitação do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), deve terminar nesta semana, que já a vigência era de 30 dias. CGNews