02/06/2023 10h27min - Geral
2 anos atrás

Mara defende o uso tornozeleiras eletrônicas e botões do pânico

No dia 1º de Junho, é a Data Estadual de Combate ao Feminicídio.

Divulgação ► Deputada frisou a importância da mulher denunciar seu agressor

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


Na Semana Estadual de Combate ao Feminicídio, a deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), destacou a importância da utilização de tornozeleira eletrônica e de botão do pânico nos casos de medidas protetivas relacionadas à violência contra a mulher. No dia 1º de Junho, é a Data Estadual de Combate ao Feminicídio.

Com dados do Ministério Público Estadual, a deputada disse que Mato Grosso do Sul está no topo do ranking brasileiro com a maior taxa de tentativas de feminicídios.

 Nesses primeiros 04 meses, ocorreram 52 tentativas e sete feminicídios.

 "É inadmissível e vergonhoso que sejamos destaque nacional nesse número. O Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). São várias as campanhas e leis, mas ainda assim, assistimos perplexas, as mulheres sendo mortas por quem elas confiavam e amavam", disse ela. 

Conforme estudo do Tribunal de Justiça de MS, 85% dos casos tentados no Estado são cometidos por atuais ou ex-companheiros que não aceitaram o fim do relacionamento.

No discurso, Mara Caseiro salientou chamar a atenção, o fato de que 66,7% dos casos de feminicídio sejam de descumprimento de medida protetiva. 

Diante disso, ela afirmou que irá conversar com o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, sobre o uso de tornozeleira eletrônica aos monitorados com restrição via medida protetiva.

 "Tenho audiência marcada nesta tarde com ele (secretário) e, além da utilização de tornozeleira eletrônica, falarei a respeito do fornecimento do botão do pânico para acionamento imediato de socorro", disse ela.

Mara Caseiro também destacou o machismo estrutural em nossa sociedade como problemática a ser enfrentada. 

"Temos muito a avançar. O machismo ainda impera. Muitos homens ainda vêem a mulher como propriedade. Por isso, devemos continuar buscando instrumentos para que nossas mulheres tenham coragem de denunciar e que tenham a devida proteção quando denunciarem", finalizou.

DENUNCIE

Se você presenciar um caso de violência contra a mulher chame imediatamente a Polícia Militar pelo 190 ou leve a vítima para ser atendida pela Casa da Mulher Brasileira, na Rua Brasília, Lote A, Quadra 2 s/n - Jardim Ima, aberta 24 horas em Campo Grande.

Ainda há como denunciar anonimamente pelo telefone disque 180, o site www.naosecale.ms.gov.br, o site da Polícia Civil pelo pc.ms.gov.br, todos de forma anônima.

Outra forma de pedir ajuda é colocar um X vermelho na palma da mão e mostrar a alguém em as farmácias e restaurantes.

 Se informe também pelas Cartilhas "Feminicídio: Quem ama, não mata!" e "Violência contra a Mulher não tem desculpa!". 

Mato Grosso do Sul ainda dispõe sobre o Programa Recomeçar para apoio às mulheres em situação de violência em tempos de pandemia. 

Tavane Ferraresi – Assessoria de Imprensa do Gabinete