Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
A senadora Simone Tebet (MDB) será a candidato do partido para concorrer a presidência da república nas Eleições 2022. O nome dela ganhou força após sua atuação na CPI da Covid do Senado e tem sido a alternativa mais viável internamente na nacional com o desinteresse do ex-presidente Michel Temer de disputar o pleito no ano que vem.
Os partidos trabalham para criar uma terceira via entre o candidato a reeleição Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o ex-governador, André Puccinelli, é importante para o MDB realçar o nome da senadora e do Mato Grosso do Sul. "O Baleia Rossi é quem está trabalhando para isso", confidenciou.
A senadora está no seu penúltimo ano de mandato e a princípio pretendia concorrer a reeleição para o cargo. Mas conforme a articulação partidária ganha força, ela se coloca à disposição dos interesses da legenda.
"Tenho certeza de que terá uma terceira via em 2022. E, seja quem for, eu estarei com ela", afirmou Tebet. A ideia é desvincular a imagem dela com a CPI e por isso a campanha só começaria após o encerramento dos trabalhos da comissão no Senado.
Conforme o ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo do presidente Temer, Carlos Marun, a simpatia pelo nome de Simone Tebet cresceu entre os correligionários.
"Tenho conversado com a própria Simone, o Baleia e o Temer e eu diria que até diante da posição do Temer de não colocar seu nome, vejo com muita simpatia essa posição do nosso partido e noto que cresce entre os membros do MDB e a sociedade o conhecimento e reconhecimento do trabalho da Simone."
Marun, no entanto, destaca que não é o momento de uma ação individual partidária. "Não é o momento de voo solo. Temos que colocar nome à disposição desse movimento de partidos de centro que se propõe a oferecer uma alternativa a nossa população. Certametne a Simone é um nome que empolga nós emedebistas", destacou.
O presidente do MDB de Campo Grande, Ulisses Rocha, confirmou a articulação nacional.
"Existe sim essa possibilidade. A nacional tem esse desejo, mas depende dela [Simone]. Isso não pode se confundir com o posicionamento da senadora na CPI. As posições dela contra o governo é algo antigo. Acho que ela dá um gás novo dentro do MDB. É um nome jovem e traz mudanças. Para nós aqui do Estado, se ela for candidata é uma grande escolha do partido e nos coloca em outro patamar. Podemos sim ter dois candidatos a presidente", disse se referindo ao outro pré-candidato e ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM).
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