09/07/2019 09h34min - Geral
6 anos atrás

Ministros com mandato serão exonerados para votar a Previdência


Divulgação ► A deputada federal Tereza Cristina, é exonerada para votar na reforma da previdência de Bolsonaro.

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Dourados Agora


O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, confirmou nesta segunda-feira, dia 08 de julho, que os ministros de Estado que têm mandato na Câmara dos Deputados serão exonerados temporariamente para votar a proposta de reforma da Previdência em plenário. Ao todo, o governo conta com quatro ministros com mandato na Câmara: Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tereza Cristina (Agricultura), Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) e Osmar Terra (Cidadania). Onyx e Tereza Cristina são filiados ao DEM; Antônio é filiado ao PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro; e Terra é do MDB. "Os ministros que têm mandato já estão liberados para participar da votação. O presidente entende que a presença deles em plenário há de reforçar a presença do governo em plenário no sentido de que a voz da Presidência é essencial para o futuro do nosso país", disse o porta-voz durante o briefing diário à imprensa no Palácio do Planalto. Rêgo Barros não informou, porém, se todos os quatro ministros serão exonerados para participar da votação na Câmara. A intenção do governo é publicar a exoneração dos ministros nesta terça (9). A tendência é de que os quatro sejam reconduzidos ao cargo na próxima quinta (11). O suplente de Onyx é o deputado Marcelo Brum (PSL-RS); a suplente de Tereza Cristina é a deputada Bia Cavassa (PSDB-MS); o suplente de Álvaro Antônio é Enéias Reis (PSL-MG); e o suplente de Osmar Terra é Darcísio Perondi (MDB-RS). Durante a votação na comissão especial da reforma da Previdência, PSL, MDB e PSDB votaram favoravelmente à proposta. APROVÇÃO Na conversa com a imprensa, o porta-voz da Presidência ressaltou a confiança do governo na aprovação da proposta de reforma da Previdência. Segundo Rêgo Barros, nas conversas que ministros mantiveram com deputados, o clima é de confiança na aprovação da PEC na Câmara ainda nesta semana. "O presidente [da Câmara] Rodrigo Maia está confiante que os dois turnos de votação no plenário sejam concluídos ainda nessa semana", disse o porta-voz. Sobre eventuais mudanças que o governo desejaria no relatório que será votado, o porta-voz repetiu o que tem dito nos últimos dias. Segundo ele, apesar de o presidente ter suas "percepções pessoais" sobre pontos que poderiam ser aperfeiçoados, Bolsonaro entende que a responsabilidade é do Congresso Nacional. Questionado especificamente sobre mudanças para flexibilizar a aposentadoria de integrantes de carreiras policiais, as quais Bolsonaro defendeu publicamente, Rêgo Barros afirmou que, apesar de o presidente entender as "peculiaridades" dessas carreiras, ele defende que cada deputado vote de acordo com a sua consciência. "O presidente gostaria de ratificar a importância que ele atribui ao trabalho dos órgãos de segurança pública, em especial aos órgãos de segurança federais, ele entende as suas peculiaridades, até porque as vivencia também em família e pelo conhecimento de quase 28 anos de mandato, mas ele também entende que o Congresso tem neste momento o condão para decidir o que é melhor sob o ponto de vista da casa que legisla para que a nova previdência seja o mais rápido possível aprovada", afirmou. "O presidente tem as suas percepções pessoais, mas no momento entende que, neste momento, [mudar o relatório] é de responsabilidade da Câmara", concluiu o porta-voz.