Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
O estado de Mato Grosso do Sul se destaca na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), com oito projetos científicos classificados para a fase final. Por mais de duas décadas a FEBRACE tem incentivado o interesse pela ciência entre estudantes do Ensino Básico em todo o país. A etapa final do evento está agendada para ocorrer presencialmente em março, na Universidade de São Paulo (USP).
Durante a semifinal da Feira, que ocorreu entre os dias 15 e 26 de janeiro, trabalhos científicos de todo o país passaram por rigorosas rodadas de avaliações. Dentre eles, os projetos de Campo Grande, Corumbá, Dourados e Aquidauana, alcançaram notoriedade e foram classificados para a próxima fase.
Um dos trabalhos que avançam, é a pesquisa intitulada "Incubadora Inteligente Guiada por Aplicação Móvel", desenvolvida por estudantes do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) do Campus de Aquidauana.
O projeto ganhou visibilidade, principalmente, pela inovação, uma vez que visa simplificar o monitoramento de chocadeiras por meio da utilização de aplicativo.
Para o professor e orientador do trabalho, Vinicius Maeda, engajar os estudantes em atividades de pesquisa científica representa uma oportunidade única para cultivar o pensamento crítico. "Eles mergulham na metodologia de pesquisa, formulam hipóteses e identificam problemas. Esse conhecimento é fundamental para prepará-los para os desafios da vida", afirma Maeda.
Na edição de 2023, a Feira contou com a participação de 513 estudantes finalistas. Em 2024, ainda segundo relata o professor, as expectativas entre os alunos para a nova edição estão mais altas do que nunca. "Eles estão extremamente entusiasmados com a oportunidade de compartilhar os resultados e contribuir para o avanço da ciência e tecnologia”.
Sentimento compartilhado pela finalista do SESC Horto em Campo Grande, Leticia Losi. O projeto desenvolvido por ela, em colaboração com o orientador Adriano Maliuk, pertence à área da Astronomia. Com a participação, a estudante deseja não apenas compartilhar conhecimentos com os demais finalistas, mas também ter contato com pessoas de diversas partes do Brasil.
"Vamos demonstrar nossa capacidade de pesquisa para outras pessoas, e isso é essencial, pois representa uma conexão real com o desenvolvimento das ciências e possui um valor imensurável", destaca Leticia.
Apoio do Grupo Arandú ao desenvolvimento científico
O Grupo Arandú, vinculado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), desempenha um papel crucial no apoio ao desenvolvimento científico por meio do projeto UhéMS. Anualmente, a iniciativa oferece capacitações aos alunos da Educação Básica de Mato Grosso do Sul que se destacam em feiras científicas.
As ações promovidas pelo Grupo em relação à FEBRACE começaram já na primeira fase da Feira. Entre os dias 5 e 7 de janeiro, os 14 projetos semifinalistas inscritos na capacitação passaram por uma série de apresentações e avaliações, visando aprimorar aspectos essenciais dos projetos. Desses, sete foram classificados para a fase final da Feira.
De acordo com um dos organizadores do projeto, Guilherme Brandão, o fato de 87% dos projetos classificados como finalistas terem participado da preparação oferecida pelo Grupo é um indicativo do sucesso de iniciativas como essa. "Estamos extremamente satisfeitos com o desempenho dos alunos e orientadores, que são nossa maior fonte de motivação ao desenvolvermos essas capacitações", afirma Brandão.