Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Midiamax News
O retorno dos estudantes às aulas se aproxima e com ele a necessidade de regularização dos veículos de transporte escolar privado.
Proprietários de vans dizem que o valor da mensalidade deve ficar mais caro este ano, devido ao aumento nos custos por conta da nova forma inspeção dos veículos, que permitem que profissionais da área de engenharia mecânica façam a vistoria.
Essa inspeção verifica os equipamentos de segurança obrigatórios e emite um laudo comprobatório quando o veículo está regular.
Antes, este procedimento podia ser realizado apenas pelas ITL (Instituições Técnicas Licenciadas) e ETP (Entidade Técnica Pública ou Paraestatal), mas em junho de 2019 foi publicada uma portaria do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito), que permitiu que profissionais habilitados fizessem a inspeção.
Presidente do Sintems (Sindicato Dos Transportadores Escolares do Estado de Mato Grosso do Sul), Rodrigo Aranda explica que em um ano serão feitas três inspeções nos veículos e os custos para o proprietário aumentaram significativamente.
“Antigamente a gente não tinha esse gasto de vistoria com um engenheiro mecânico. Teve um aumento de quase 100% do valor desse processo, no início eles cobravam uns R$ 200 e agora gastamos de R$ 350 a R$ 400”, conta.
Com o aumento dos custos para a regularização, Aranda admite que o preço das mensalidades pode aumentar. “Passou a ser uma carga a mais para os proprietários, são duas vistorias só de transporte escolar e mais uma quando vai pagar o documento, e ainda tem os impostos. Essas são condições que acabam afetando o valor para os pais”.
Proprietário de van escolar há pelo menos 8 anos, André Vicente Cruz conta que para manter o veículo regularizado ele se planeja para investir na inspeção a cada seis meses, conforme o indicado por lei. “Depois da nova portaria encareceu bastante,
André já está se preparando para a volta às aulas.
A van dele passa primeiro por uma revisão geral e só então será levada para a vistoria com um profissional habilitado. “Mesmo que o custo seja alto. É importante para a gente e para os pais das crianças, que precisam dessa segurança”.
Nos oito anos que André trabalha com transporte escolar privado, ele diz que se deparou poucas vezes com pais que perguntaram sobre a documentação do carro.
“É muito difícil acontecer, é até estranho, porque são pais né? Mas muitos só conversam pelo telefone, fazem o pagamento e já esperam a van passar no dia da aula, nem olham quem é o motorista”.
O proprietário de transporte escolar afirma que muitos responsáveis, que optam pelo menor valor, acabam não reclamando das condições do carro. “É importante saber se há cinto para todo mundo, se as crianças não estão sendo levadas amontoadas”, lembra.
O representante do Sintems, Rodrigo Aranda, ressalta que os pais devem solicitar o documento emitido pelo Detran-MS após a vistoria antes de fechar a prestação de serviços.
“Na autorização está a comprovação de que o veículo está regular e lá os pais podem olhar também o nome das pessoas que estão autorizadas a dirigir a van”, explica sobre os cuidados que podem ser tomados.
O Jornal Midiamax enviou solicitação para o Detran-MS sobre mais destalhes a respeito das inspeções dos veículos de transporte escolar privado neste ano, mas até a publicação desta reportagem não houve retorno.
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