Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
Governador eleito para comandar o Estado nos próximos quatro anos, Eduardo Riedel (PSDB), esteve reunido com deputados estaduais na tarde desta quinta-feira (17) e deve mandar projeto de lei à Casa ainda antes de tomar posse no dia 1° de janeiro de 2023.
Com ajuda do atual chefe do Executivo, Reinaldo Azambuja (PSDB), o texto deve conter mudanças que resultarão em reforma estrutural do Governo.
Assim o novo mandatário deve assumir já nos moldes que imaginou para seu mandato. “A gente deve enviar para cá (Assembleia Legislativa) um projeto, o mais breve possível, com a reestruturação que a gente prevê para o bom funcionamento do Estado.
Sempre naquela linha de ganhar eficiência, ganhar capacidade de gerar resultado para a sociedade. Então vim pedir ao presidente e aos deputados que pudessem acolher”, disse.
A exemplo do que fez o novo Governo Federal com a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição tramitando no Congresso, a reforma administrativa passará pelo crivo dos parlamentares antes do governador eleito ser empossado. Isso para que a engrenagem esteja rodando conforme seu plano de governo já nos primeiros dias de janeiro.
A reunião, sem a presença de Azambuja, foi a portas fechadas junto ao presidente da mesa diretora, Paulo Corrêa (PSDB), bem como aos deputados Paulo Duarte (PSDB), Jamilson Name (PSDB), Lucas de Lima (PDT), Coronel David (PL), Marçal Filho (PP), Evander Vendramini (PP), Herculano Borges (Republicanos), Renato Câmara (PSDB) e Márcio Fernandes (MDB). José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PP), vice-governador eleito e deputado estadual ainda em exercício também se juntou aos colegas.
“E também estaremos abertos ao debate”, completou Riedel referindo-se às modificações que os parlamentares porventura quiserem fazer no texto da reestruturação. Para depois de pegar o bastão, o tucano pretende priorizar o marco estadual das pequenas empresas, além do projeto que trata das ferrovias no Estado, todos assinados pela atual gestão.
Ex-secretário de Infraestrutura, ele diz que “são projetos importantes para garantir essa evolução, essa competitividade”. Para não descuidar o andamento de projetos existentes, a equipe de transição, anunciada na manhã de hoje, vai monitorar e acompanhar tudo de perto para que não caiam no esquecimento.
“Isso é extremamente importante e que essa Casa, como sempre fez, faça o debate e possa conduzir da melhor maneira possível que eles entenderem”, completou o governador eleito.
Ainda elencando prioridades, Riedel citou brevemente o Mais Social, um dos carros-chefes de sua campanha, que deve passar de R$ 300 para R$ 450, no entanto sem detalhar data.
Corrêa destacou a importância do diálogo entre os poderes logo no primeiro dia de transição e adiantou que até o dia 20 de dezembro, quando acaba o trabalho parlamentar da atual legislatura, as matérias citadas serão analisadas.
“Não vamos deixar estoque de projeto para o ano que vem para o governador começar a sua administração faltando novos projetos. Vamos começar tudo certo com ele. Acho que isso é importante”, opinou ele que não será presidente da Casa de Leis no próximo mandato porque ocupou o lugar por duas vezes seguidas.
A eleição da nova composição deve ocorrer logo depois da posse dos novos deputados. Corrêa adiantou que deve tentar a primeira secretaria, posto hoje do colega Zé Teixeira (PSDB).
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