ABC Color ► Policiais paraguaios conduzem Capilo, líder do PCC extraditado em janeiro.
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
A Polícia Nacional do Paraguai descobriu que a facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital), o maior e mais violento grupo criminoso em atuação naquele país, se aliou ao EPP (Exército do Povo Paraguaio) para expandir as rotas do narcotráfico.
Escondidos nas florestas dos departamentos de Concepción e San Pedro, região norte do país, os guerrilheiros do EPP são considerados terroristas pelo governo. O grupo já fez vários ataques a policiais e soldados do Exército paraguaio e promove sequestros para tentar intimidar as autoridades.
A expansão do PCC em território paraguaio é vista como extremamente preocupante pela cúpula da Polícia Nacional. Além da guerra trava com grupos rivais pelo controle do tráfico de drogas e armas perto da fronteira com Mato Grosso do Sul, a facção é acusada pelo mega assalto à sede da empresa Prosegur, em Ciudad del Este, e por outros roubos a carro-forte naquele país.
Nesta semana, 16 pessoas ligadas à facção foram presas em uma fazenda perto de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande. Seis são membros do PCC e procurados no Brasil, segundo a polícia paraguaia.
Nesta sexta-feira eles foram expulsos do Paraguai e entregues a policiais brasileiros na fronteira entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu (PR).
Segundo apurou o serviço de inteligência da Polícia Nacional, através da aliança com os guerrilheiros do EPP, a facção criminosa brasileira espera ter segurança na região norte do país para passar com a cocaína trazida da Bolívia e enviada para o Brasil através de Mato Grosso do Sul.
A polícia e o Ministério Público paraguaios já receberam informações de que membros do PCC têm circulado livremente por zonas controladas pela guerrilha, o que indica uma aliança entre os dois grupos.
Sequestros – Entre as pessoas sequestradas nos últimos anos pelo EPP está o brasileiro Allan Ficks, então com 17 anos de idade, que ficou oito meses no cativeiro do EPP. A família mora no Paraguai e pagou 550 mil dólares pela liberdade de Allan.
Em 2004, os terroristas do EPP sequestraram e meses depois mataram Cecília Cubas, filha do ex-presidente paraguaio Raúl Cubas. Atualmente o grupo terrorista mantém em cativeiro o policial Edelio Morinigo, sequestrado em julho de 2014.
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