Campo Grande News ► Piloto chegando a PF para prestar depoimento.
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
Um piloto de aviões, não identificado, foi preso nesta terça-feira (6) pela PF (Polícia Federal) em Corumbá (MS), cidade que fica a 419 quilômetros de Campo Grande.
O suspeito é apontado como um dos pilotes responsáveis pelo tráfico aéreo de cocaína boliviana até pistas clandestinas do Mato Grosso.
Segundo a PF, o membro da organização criminosa já esteva preso no Estabelecimento Penal de Corumbá, conforme o site Diário Corumbaense. Nesta manhã (06) ele foi escoltado até a Delegacia da PF, ouvido e é mantido detido preventivamente na sede da Polícia Federal em Corumbá.
A prisão integra a operação Escalada, deflagrada nesta terça-feira (6) e que investiga o tráfico internacional de cocaína em MS, MT, AM, SP, MG e RO. Depois de pousar nas pistas clandestinas, a droga era ocultada em fundos falsos de caminhões, a maior parte com destino a São Paulo.
Ao todo na operação, devem ser cumpridos 42 mandados judiciais, sendo 4 de prisão preventiva, 14 de prisão temporária e 24 mandados de busca e apreensão.
No total foram apreendidos 3 toneladas de pasta base de cocaína, além de uma aeronave bimotor e diversos veículos utilizados no transporte.
A organização criminosa movimentava grande parte de recursos financeiros e da parte de logística para o transporte da droga com a aquisição de veículos e aeronaves em nome de pessoas que sequer existiam.
Investigações
De acordo como a Polícia Federal, as investigações começaram há aproximadamente 10 meses e estavam baseadas em Cuiabá. Ela ocorre nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio de Leverger, Poconé, Cáceres, Rondonópolis, Alto Araguaia em MT, além de Corumbá (MS), Manaus (AM), Paulinia (SP), Bauru (SP), Uberlândia (MG), e Vilhena (RO).
Durante a fase de investigações, foram feitos oito autos de prisão em flagrante que resultaram na prisão de nove pessoas. Ainda conforme o site G1 de Mato Grosso a 7º Vara Federal Criminal em Cuiabá determinou ainda o bloqueio de contas bancárias utilizadas pelos investigados, além do sequestro de bens.
O nome da operação é em razão de alguns dos principais investigados terem experimentado um grande aumento patrimonial em tempo reduzido, como uma cobertura em apartamento de luxo e imóvel e apartamento de luxo em Cuiabá, sem qualquer ocupação lícita que as justifique.