15/02/2017 09h08min - Polícia
8 anos atrás

Polícia pede prisão de homens que violentaram e mataram adolescente

Delegado afirma que solicitaria a prisão preventiva independente da morte

Valdenir Rezende ► Lava a jato onde aconteceu crime, na Vila Morumbi

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


Dono e funcionário de lava a jato onde adolescente de 17 anos foi violentado com mangueira de ar, e morreu 12 dias depois, tiveram prisão preventiva solicitada ontem pela Polícia Civil. O delegado responsável pelo caso, Paulo Sérgio Lauretto informou hoje que trabalhava para pedir a prisão mesmo se o adolescente tivesse sobrevivido. Titular da Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA), Lauretto afirmou que a polícia não se manifestou antes sobre os trabalhos que tinham objetivo de pedir a prisão para evitar fuga dos homens. “Não houve prisão em flagrante, então para pedir a preventiva tem questões técnicas. Ontem recebi o laudo e entrei com representação”, disse o delegado. Segundo Lauretto, o laudo encaminhado ontem pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) antes da morte do adolescente indicava lesão corporal de natureza grave. Com isso, o delegado afirma que foi até o Fórum para apresentar o pedido de prisão, no caminho, segundo ele, soube da morte da vítima. “Estávamos preocupados com a situação, estávamos trabalhando nessa representação. Independente da morte, seria pedida a prisão”, completou. Ainda não há decisão judicial sobre o pedido. O proprietário e o funcionário do lava a jato foram ouvidos apenas uma vez pela Polícia Civil e serão intimados para novo depoimento. Segundo o delegado, ainda estuda-se se ambos serão indiciados por lesão corporal grave que resulta morte, crime com pena de até 10 anos, ou homicídio doloso agravado pela incapacidade de defesa da vítima, com pena de até 30 anos. CRIME Há onze dias, mangueira de ar foi introduzida no ânus do rapaz pelo patrão e colega de trabalho em lava jato na Vila Morumbi. O local chegou a ser incendiado. Já em depoimento à polícia, os agressores alegaram que tudo se tratava de uma “brincadeira” e foram liberados logo em seguida. Perfurações levaram a retirada do intestino grosso do adolescente, que teve quadro estabilizado cinco dias depois do crime. Era ele quem mantinha a família há um mês com o que ganhava lavando carro, pois a mãe não trabalha e o pai tem câncer. O adolescente morreu ontem por volta das 13h30, depois de sofrer choque hipovolêmico - sangramento contínuo na altura do estômago - seguido de parada cardiorrespiratória. CorreiodoEstado