Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
Pelo menos 226 tiros de fuzil e de pistola foram disparados no atentado ocorrido por volta de 22h de ontem (24) em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada por uma rua de Ponta Porã, a 313 km de Campo Grande.
O alvo dos pistoleiros era Ederson Salinas Benítez, 32, o “Ryguazu”, conhecido na fronteira como narcotraficante e apontado como sucessor do bandido brasileiro Sérgio de Arruda Quintiliano Netto, o “Minotauro”, preso há 3 anos.
Mesmo sozinho, ele enfrentou os pistoleiros armado com uma pistola 9 milímetros e conseguiu sobreviver porque se escondeu em um dos cômodos da mansão localizada no bairro Virgem de Caacupé.
Segundo a Polícia Nacional, Salinas Benítez estava na residência com a namorada, uma brasileira de 28 anos, residente em Ponta Porã. Os dois foram detidos por ordem do Ministério Público e serão ouvidos na manhã de hoje.
Policiais barrados
Os primeiros tiros começaram a ser ouvidos por volta de 22h50 no Paraguai (21h50 em Mato Grosso do Sul, já que o país vizinho está em horário de verão).
Informados sobre o tiroteio, os policiais se deslocaram em direção ao bairro Virgem de Caacupé, mas a três quarteirões do local foram barrados por homens armados em caminhonetes que tentavam impedir a aproximação da polícia.
Houve troca de tiros entre policiais e bandidos e logo em seguida os pistoleiros fugiram. Enquanto o grupo atrasava a polícia, outros pistoleiros atacavam a casa de Ederson Salinas.
Armados com fuzis e pistolas, os atiradores abriram fogo contra as janelas, portas e portão da mansão de dois andares. Em minutos, eles conseguiram invadir a casa. Armado, Ederson Salinas enfrentou os invasores e depois se escondeu em um dos cômodos. O advogado dele disse hoje que “Ryguazu” estava sem seguranças.
O comissário Aníbal Franco, da Polícia Nacional, informou que Ederson Salinas se escondeu no segundo andar e acredita que os atiradores não sabiam exatamente em qual cômodo ele estava.
Após a fuga do grupo que barrou as viaturas e com reforço de homens da Fope (grupo de elite da Polícia Nacional), os policiais conseguiram chega à casa, mas os outros pistoleiros já tinham fugido.
Móveis, paredes, portas de vidro e objetos de decoração ficaram destruídos por tiros. Na mansão, os policiais apreenderam um celular que teria sido derrubado por um dos pistoleiros e a pistola 9 milímetros usada por “Ryguazu”.
Duas caminhonetes que teriam sido usadas pelos pistoleiros foram abandonadas em chamas na estrada de acesso à Colônia República, nos arredores de Pedro Juan Caballero. Entretanto, segundo a polícia, foram pelo menos seis caminhonetes utilizada no ataque – três ficaram na rua para impedir a passagem da polícia e três foram até a casa de Salinas. “Ryguazu” em guarani significa "galinha".
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