Divulgação /PMA ► Trafico de aves também preocupa a PMA do Estado
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
Além do tráfico de armas e drogas, Mato Grosso do Sul também é ponto de partida do tráfico de animais. Segundo a Polícia Militar Ambiental (PMA), no ano passado foram resgatadas 521 aves traficadas, dentre as quais 345 eram papagaios, número que representa 66,22% do total.
Em 2016, foram apreendidos 469 aves. Porém, o número de papagaios foi apenas de 16, ou seja, 96,23% inferior ao ano de 2017. O número é variável porque depende da maneira como os traficantes aliciam pequenos produtores rurais e assentados para participar.
De acordo com a PMA, muitas pessoas participam do comércio ilegal de animais silvestres sem saber que estão cometendo crime ambiental. Por esse motivo, a fiscalização é reforçada no período que compreende entre os meses de agosto a dezembro.
É nesta época que os papagaios se reproduzem e se tornam alvos ainda mais vulneráveis, especialmente os fihotes. Para combater o delito, a PMA mantém trabalhos preventivos nas propriedades rurais.
A região com maior incidência constitui os municípios de Jateí, Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina e Brasilândia, além de Naviraí e Mundo Novo. Nessa área, ninhos também são monitorados pelos policias, para evitar a retirada dos filhotes, visto que essa é a preocupação maior.
"A base do trabalho é evitar a retirada dos animais, evitando custos à fauna e ao Estado, tendo em vista os altos custos financeiros, até a reintrodução dos filhotes na natureza", diz a PMA por meio de nota.
AÇÕES
Sabendo a forma de agir dos traficantes, a PMA realiza trabalhos preventivos nas propriedades rurais, por meio de informação da legislação e Educação Ambiental. Barreiras também são executadas nas saídas para o estado de São Paulo, que é para onde os papagaios têm saído.
MAIS AVES
Outro tipo de tráfico, do qual Mato Grosso do Sul é rota, é de canário-peruano (Sicalis flaveola valida). Esse animal entra no Brasil, trazido por traficantes peruanos, bolivianos e brasileiros e é levado, na maioria das vezes, para Brasília (DF) e para a região nordeste e norte de Minas Gerais, para ser utilizado em “rinhas”.
Por ser uma espécie apenas um pouco maior, mas muito parecida com o Sicalis flaveola brasiliensis, o nosso “canário-da-terra” também é alvo de traficantes. A primeira apreensão registrada foi no ano de 2000, quando 400 canários eram levado para Brasília no porta-malas de um veículo.
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