G1 ► Este saco com dinheiro foi encontrado na casa de um dos suspeitos
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
Uma operação da Corregedoria da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, prendeu na manhã desta terça-feira (26), em Campinas (SP), policiais civis e um advogado suspeitos de corrupção e extorsão.
Os detidos são os mesmos que investigam o mega-assalto na empresa de transporte de valores Protege, em 14 de março, segundo as autoridades.
Os investigados são suspeitos de fazer "vistas grossas" durante as investigações de crimes e os corregedores e promotores chegaram até eles após escutas telefônicas autorizadas pela Justiça flagrar conversas deste grupo.
Dinheiro
A força-tarefa informou que uma grande quantidade de dinheiro foi encontrada na casa de um dos detidos. O valor não foi divulgado. O saco com o dinheiro apreendido foi levado para a sede da Corregedoria da Polícia Civil em Campinas. Armas, documentos e outros objetos também foram apreendidos. A operação teve apoio da Corregedoria de Bauru, Santos e Piracicaba.
Prisões
Ao todo, nove mandados de busca e prisão foram expedidos, sendo que seis pessoas foram presas e três estão foragidas. Entre os presos está o advogado de um dos policiais suspeitos e quatro investigadores da Polícia Civil que trabalham no 2º Distrito Policial da cidade. Eles também foram levados para a sede da corregedoria.
Um integrante de uma facção criminosa também foi preso e prestou depoimento durante a manhã na sede do Ministério Público, também na cidade. Em seguida, ele também foi levado para a corregedoria. Os investigadores devem ser ouvidos nesta tarde.
Entre os foragidos estão um delegado e um escrivão, que atuavam no 4º Distrito Policial, e mais um investigador do 2º Distrito Policial.
O mega-assalto
Na madrugada de 14 de março uma quadrilha cercou e invadiu a sede da empresa de transporte de valores Protege, em Campinas.
O grupo conseguiu acessar o interior da empresa e levar dinheiro de um dos cofres após uso de explosivos. O imóvel, localizado no bairro São Bernardo, ficou parcialmente destruído. Informações extra-oficiais divulgadas pela EPTV, afiliada da TV Globo, confirmaram, na época, que R$ 50 milhões foram roubados na ação.
Para evitar abordagem de policiais militares, o grupo espalhou pedaços de ferro no asfalto para furar pneus e fez disparos com armas de uso restrito, como fuzis, usadas em guerras no Oriente Médio.
Os tiros atingiram até prédios ao redor da empresa, mas ninguém se feriu. O grupo ateou fogo, ainda, em dois caminhões para bloquear o acesso de quem chegava pela Rodovia Anhanguera (SP-330).
G1