G1 ► Putin fala em evento em Pequim, nesta segunda dia 15.
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta segunda-feira (15) que Moscou se opõe a que novos países adquiram armas nucleares, mas que o mundo deve falar com a Coréia do Norte em vez de ameaçá-la.
Putin disse em Pequim que os testes nucleares do tipo que Pyongyang vinha realizando nas últimas semanas eram inaceitáveis, mas que era necessária uma solução pacífica para aumentar as tensões na península coreana.
"Confirmo que somos categoricamente contra a expansão do clube de potências nucleares, inclusive na Península Coreana e a Coreia do Norte", disse Putin, que acrescentou que qualquer mudança seria "prejudicial e perigosa".
"Mas, ao mesmo tempo, entendemos que o que temos observado no mundo recentemente, especificamente violações flagrantes do direito internacional e incursões no território de Estados estrangeiros, mudanças de regime, levam a tal tipo de corrida armamentista".
O líder russo não especificou que países ele tinha em mente, mas no passado criticou repetidamente os Estados Unidos por operações militares no Iraque, Líbia e Síria, e acusou os americanos de tentar derrubar governos legítimos.
Neste sentido, precisamos agir de forma conjunta, (e) fortalecer o sistema de garantias internacionais com a ajuda do direito internacional e com a ajuda da Carta da ONU", disse Putin.
"Precisamos retornar ao diálogo com a Coreia do Norte e parar de assustá-la, e encontrar maneiras de resolver esses problemas pacificamente."
O líder russo disse que pensava que tal abordagem era possível por causa do que ele chamou de "experiência positiva" de conversas com Pyongyang no passado.
"Se vocês se lembrarem, houve uma época em que a Coreia do Norte anunciou que estava suspendendo esse tipo de programa (nuclear), mas infelizmente alguns participantes no processo de negociações não tiveram paciência suficiente, acho que precisamos voltar a isso".
Putin disse que foi informado pelo seu ministro da Defesa após o último teste de mísseis da Coreia do Norte. "Este lançamento de mísseis não representou nenhuma ameaça para nós, mas, naturalmente, aumenta esse conflito e não há nada de bom nisso."
G1