27/11/2015 09h01min - Polícia
10 anos atrás

Quadrilha “homem-aranha” deu prejuízo de R$ 30 mi em MS e 8 estados

Os acusados subiam nos veículos para provocar panes mecânicas, assim praticam os crimes.

Imagem Iiustração ► 33 pessoas presas, em nove estados, acusadas de sequestrar e roubar motoristas em rodovias federais, causando prejuízos

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News


A Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) prendeu, nesta quarta-feira (25), 33 pessoas, em nove estados, acusadas de sequestrar e roubar motoristas em rodovias federais, causando prejuízo superior a R$ 30 milhões. Conhecido por “homens-aranhas”, os acusados subiam nos veículos para provocar panes mecânicas, assim praticam os crimes. Segundo a assessoria de imprensa da Seds (Secretaria de Estado de Defesa Social), que coordenada o grupo, a Operação Catira começou por volta das 6h, onde seriam cumpridos 51 mandados de prisão e 50 de busca e apreensão nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará, Espírito Santo, Goiás, Bahia, Tocantins e Distrito Federal. Foram cumpridos 33 mandados de prisão, sendo que os acusados foram encaminhados para Uberlândia (MG), e apreendidos carros de luxo, embarcações, armas, dinheiro em espécie e veículos em fase de desmanche. A quadrilha usava rodovias federais para praticar os golpes, principalmente a BRs 040 e 050. Eles subiam nas carrocerias dos veículos em circulação e provocavam panes mecânicas. Quando os motoristas paravam para verificar os problemas, eles os sequestravam e roubavam as cargas. As vítimas eram liberadas dos cativeiros depois que os criminosos transportavam a carga e entregavam para um receptador. Foram sete meses de investigações, onde pode-se apurar que a quadrilha possuía divisões para as tarefas, como núcleo financeiro, núcleo contábil, núcleo armado e núcleo logístico. Os acusados foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, roubo, cárcere privado, lavagem de dinheiro e receptação, cujas penas somadas superam 30 anos de prisão. Eles foram ouvidos na delegacia da Polícia Federal de Uberlândia e encaminhados para o Presídio Professor Jacy de Assis. A Ficco é composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, contando ainda com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda e da Agência Nacional do Petróleo. Mais de 300 agentes trabalharam na operação. A secretaria não divulgou quantas pessoas foram presas em Mato Grosso do Sul e em quais cidades do Estado. CampoGrandeNews