Divulgação ► FRANCISCO E REGINA MURMURA
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
A polícia investiga a participação de pelo menos seis traficantes no desaparecimento de um casal no Morro do Caramujo, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, na última terça-feira (29). De acordo com a polícia, quatro suspeitos já foram identificados e todos fazem parte da quadrilha que comanda o tráfico de drogas no Morro.
O desaparecimento do casal já é tratado pelos investigadores como um caso de homicídio. Edvaldo Evans Brito Correa, de 70 anos e Jane Correa, de 72, foram retirados à força de casa por traficantes por causa de um desentendimento. Eles moravam na Cova da Onça, uma localidade do Morro do Caramujo, em Niterói e, segundo os vizinhos do casal, eles teriam retirado uma barricada montada bem em frente à casa deles, mas os criminosos não gostaram.
A ordem teria sido dada pelo chefe do tráfico, Rodrigo da Silva Rodrigues, conhecido como Tineném. O disque-denúncia oferece recompensa de R$1 mil para quem der informações que levem até o criminoso. A quadrilha de Tineném também é suspeita de ter matado Regina Stringari Múrmura, 70 anos. Ela morreu na noite de sábado (4), quando entrou por engano com seu marido, o empresário Francisco Múrmura, na comunidade do Caramujo. Criminosos atiraram contra o carro em que estavam e ela foi baleada.
A suspeita da polícia sobre o casal desaparecido é de que eles foram sequestrados e mortos por traficantes, por causa de uma barricada instalada pelos criminosos na porta da casa da família.
“Eu soube que eles [os criminosos] botaram uma barricada para a polícia não subir. Em frente à casa dele. Aí o filho dele foi e tirou. Tirou e foi trabalhar. E quem veio foi ele. Então, parece que foram buscar o filho, aí não encontraram aí pegaram ele como retaliação né? Só pode ter sido isso, porque nem aqui ele estava. E eu soube por amigos da gente que moram nas proximidades que o primeiro a ser atingido foi ele. Ele levou uma coronhada muito forte e gritava muito. Aí a esposa dele, veio acudir e pegaram os dois e levaram. Provavelmente devem ter levado eles já mortos já”, disse uma testemunha que preferiu não ser identificada.
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Evans Brito, como é conhecido, era professor de teatro num projeto social no Horto do Barreto e dava aula para jovens e adultos como voluntário. Neste domingo (4), os amigos se reuniram no lugar onde aconteciam as aulas.
Na quarta-feira (30), a Divisão de Homicídios fez uma grande operação com a tropa de elite da polícia civil, a Core, além de PMs do 12º BPM no lixão do Morro do Céu.
“A informação que a gente obteve depois foi que os corpos estariam num lixão, no Morro do Céu. Foi em razão disso que a gente organizou uma operação lá na quarta-feira. Fomos nesse lixão no Morro do Céu, fizemos uma busca grande, mas, infelizmente até o momento a gente não localizou os corpos do casal. O objetivo agora é identificar todos os traficantes que estavam envolvidos nesse crime. A gente vai continuar trabalhando nesse sentido”, disse o delegado Gabriel Poiava Martins.
O comandante do 12º BPM (Niterói), coronel Fernando Salema, disse em entrevista ao Bom Dia Rio nesta segunda-feira (5) que a região em que esses casos aconteceram são extensas e que os criminosos costumam migrar de uma região para outra.
“Eles vão pegando as partes mais pobres da comunidade. A gente tem feito ações pontuais, mas temos cuidado para que não haja confrontos que acabem atingindo pessoas inocentes”, disse Salema.
Ainda segundo o comandante, o batalhão tem tido apoio da Divisão de Homicídios e do 78º BPM (Fonseca). “Era uma região tranquila, mas o tráfico se instalou ali há um tempo. É um grande complexo, vários bairros vão emendando, mas quando a gente tem apoio faz tropas especiais a gente tem bons resultado”, completou.
G1