arquivo ► D´loar em alta alterou a economia na fronteira
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
Estimativa dos comerciantes da linha de fronteira do Brasil com o Paraguai é de que o movimento de turistas na região caiu de 60% a 70% por conta da alta do dólar, que superou os R$ 4,05 e teve a maior cotação da história nesta terça-feira (22).
Com isso, o comércio de Ponta Porã passa a faturar mais, com aumento nas vendas em mercados, restaurantes e postos de combustíveis. Em contrapartida, o comércio paraguaio sofre com a moeda americana nas alturas.
De acordo com o vereador de Ponta Porã, Caio Augusto (PSD), o movimento do comércio na fronteira está muito ruim.
"Estive conversando com o governador do Paraguai, Pedro Gonzalez, e foram mais de 7 mil demitidos só em Pedro Juan Caballero, por conta da alta do dólar”, contou, revelando que várias lojas na linha internacional estão fechando as portas.
Segundo o parlamentar, apesar das dificuldades, as lojas maiores conseguem se manter no mercado paraguaio porque contam com público fidelizado, mas também sentem o impacto provocado pela crise econômica.
“Já para o Brasil melhorou porque a gasolina fica mais barata para os paraguaios. Em Ponta Porã melhoram as vendas nos mercados, restaurantes e postos de combustíveis porque com o guarani os paraguaios têm um poder de compra um pouco maior que o nosso”, comparou.
Vereador Caiu explicou ainda que dos 7 mil demitidos em Pedro Juan Caballero, cerca de 3,5 mil a 4 mil trabalhadores estão sendo contratados pelas mais de 35 indústrias brasileiras que estão se instalando no Paraguai por conta dos benefícios fiscais e da baixa carga tributária, que é de apenas 10%.
Já a Lei de Maquila proporciona outras vantagens para a indústria que pagará, na exportação, 1% sobre o valor agregado e tem isenção ao importar máquinas e matéria-prima.
c.doestado