CGNews ► Equipamentos vai diminuir o tempo de revista nos dias de visitas
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Caarapó News
Aparelho que detecta produtos ilícitos foi implantado no Presídio de Trânsito e Gameleira, em outras 3 unidades do interior e mais 10 devem receber equipamentos.
Desde o último fim de semana, os presídios de Trânsito e da Gameleira, em Campo Grande, contam com o scanner corporal – aparelho que detecta objetos no corpo de quem entra. Outras três unidades no interior de Mato Grosso do Sul também já receberam esse reforço na fiscalização e a previsão é que até março, mais 10 aparelhos estejam à disposição dos presídios do Estado.
O primeiro foi instalado no Centro Penal Agroindustrial da Gameleira na última sexta-feira (18). A estreia ocorreu às 17h, quando os detentos retornam para o presídio. Já no de Trânsito, o equipamento começou a funcionar no final de semana, na revista das visitas.
Conforme informações da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), com a utilização do scanner, o tempo da revista foi diminuído em 1h30. “Em média eram gastos cinco minutos em cada revista manual, reduzidos para sete segundos com o aparelho”.
Além dos dois em funcionamento na Capital, três foram destinados aos presídios de Coxim, Dois Irmãos do Buriti e Paranaíba. A expectativa é que até março, mais 10 dispositivos estejam à disposição do sistema penitenciário do Estado.
O investimento de R$ 1.919.000,00 nos cinco aparelhos comprados veio através do Funpen (Fundo Penitenciário Nacional). Já o aluguel dos outros 10, custará R$ 240 mil mensal para o Estado. Os recursos estão liberados desde 2016, quando o processo de licitação começou.
Aud de Oliveira Chaves, diretor presidente da Agepen, explica que o aluguel dos demais aparelhos foi uma exigência do Depen (Departamento Penitenciário Nacional) e que eles serão distribuídos conforme a demanda, sendo mais encaminhado para a Gameleira, por exemplo. “Como temos mais de 500 detentos indo para a rua diariamente, precisamos de mais um aparelho lá, por isso não significa que mais 10 presídios receberão os objetos”.
Oliveira ressalta que mais que a agilidade no processo de revista, o scanner aumenta a segurança, já que os agentes vão ser remanejados para outros serviços. “Normalmente são disponibilizados cinco servidores só para a revista, com o aparelho precisamos só de um e os outros quatro podem voltar para a segurança ou qualquer outra área de necessidade”.
Apenas três empresas no mundo fabricam o scanner, sendo uma delas a brasileira DMI, de onde os aparelhos vieram. O representante, André Luiz Henrique, alega que o aparelho é mais moderno que os utilizados nos aeroportos americanos porque usam duas imagens, uma de corpo inteiro no geral e outra focada na região abdominal. “Justamente para identificar se houve ingestão ou introdução de algo ilícito”, disse.
A revista é limitada, sendo 276 vezes por pessoa anualmente. “Se eu tenho parente preso aqui e eu visito ele e depois visito outros no interior fica registrado todas as vezes que eu passei por ele, até a 276º vez. É considerado um dos aparelhos mais modernos do mercado”, pontuou.
cgnews