10/05/2016 08h43min - Polícia
9 anos atrás

Segunda fase da Lama Asfáltica cumpre 15 mandados de prisões

Operação é feita em MS, SP e PR na manhã de hoje, pela Polícia Federal

ÁlvaroRezende ► Viatura policial em frente ao prédio onde mora o ex-governador André Puccinelli

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


Segunda fase da Operação Lama Asfáltica, desencadeada na manhã de hoje (9), cumpre 15 mandados de prisão temporária, 28 de busca e apreensão e 24 de sequestros de bens de pessoas investigadas em Campo Grande e Rio Negro (MS), e ainda, nos estados do Paraná e São Paulo. Nesta manhã, viatura da PF estava na Rua Euclides da Cunha, em frente ao prédio Champs Elysées, onde mora o ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli. A Operação Lama Asfáltica – Fazenda de Lama, faz referência a procedimentos utilizados pelos investigados na aquisição de propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas, resultando também em crime de lavagem de dinheiro. A ação policial conta com 201 policiais federais, 25 da Controladoria Geral da União e 44 da Receita Federal. Além de Mato Grosso do Sul, outros alvos da operação são as cidades Curitiba e Maringá (PR) e Presidente Prudente e Tanabi (SP). OPERAÇÃO Na primeira a fase da Operação Lama Asfáltica, cujas investigações se iniciaram em 2013, foi constatada a existência de grupo que, por meio de empresas em nome próprio e de terceiros, superfaturam obras contratadas com a administração pública, mediante a prática de corrupção de servidores públicos e fraudes a licitações, ocasionando desvios de recursos públicos. A organização criminosa atua no ramo de pavimentação de rodovias, construções e prestações de serviços nas áreas de informática e gráfica. Os contratos sob investigação envolvem mais de R$ 2 bilhões. Após a análise de materiais apreendidos na primeira fase, novas fiscalizações feitas pela CGU e relatórios da Receita Federal, mostraram fortes indícios de prática dos crimes de lavagem de dinheiro, inclusive decorrentes de desvio de recursos públicos federais e provenientes de corrupção passiva, com a utilização de mecanismos para ocultação de tais valores, como aquisição de bens em nome de terceiros e saques em espécie, de acordo com divulgação da PF. Os presos são levados à superintendência da Polícia Federal, na Capital. CorreiodoEstado