Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Midiamax News
No mesmo dia em que completa 1 ano da primeira morte por covid, Mato Grosso do Sul registra outra triste marca: duas semanas com todos os leitos UTI (Unidade de Terapia Intensiva) exclusivos para covid ocupados. Boletim da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) aponta que MS e Amapá são os estados com maiores taxas de ocupação do país, ambos com 100% e são considerados em situação “extremamente crítica”.
Conforme o painel Mais Saúde, que reúne dados repassados por hospitais e é monitorado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), no dia 17 de março, o Estado registrava, pela primeira vez na pandemia, taxa de ocupação de 100% dos leitos UTI para pacientes com covid.
Na manhã desta quarta-feira (31), o sistema mostra taxa de ocupação de 100,89%, ou seja, todas as 562 vagas para pacientes covid em UTIs estão ocupadas.
Boletim extraordinário da Fiocruz mostra a situação crítica do Estado. MS ao lado do Amapá é a unidade da federação com maior taxa de ocupação. Atrás estão Santa Catarina (99%), Rondônia (98%), além de Acre, Pernambuco, Distrito Federal e Mato Grosso (97%).
“Se Manaus e o Amazonas, com o colapso do seu sistema de saúde, constituiu um alerta do que poderia ocorrer em outros estados, a situação hoje de São Paulo e capital é um alarme do quanto esta crise pode ser mais profunda e duradoura do que se imaginava até então”, afirmaram os pesquisadores do grupo.
O informe da fundação destaca ainda que Campo Grande tem o pior índice entre as capitais do Brasil: 103%. Houve uma melhora em relação ao boletim da semana passada, quando a capital sul-mato-grossense apresentava ocupação de 106%.
Atrás estão Belo Horizonte (101%), além de Porto Velho, Rio Branco, Macapá e Curitiba (100%).
Gabriel Maymone - MIDIAMAX