22/02/2016 13h29min - Geral
10 anos atrás

Teste com máquina que suga fêmea de mosquito começa amanhã

O funcionamento é experimental e será monitorado por 30 dias.

FernandoAntunes ► Mosquito Magnet é a máquina que "engole" as fêmeas do Aedes.

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News


A máquina que “engole” a fêmea do mosquito Aedes aegypti – que transmite dengue, zika e chikungunya – vai começar a ser testada amanhã (23), no bairro Cabreúva, em Campo Grande. O funcionamento é experimental e será monitorado por 30 dias. O aparelho Mosquito Magnet foi apresentado esta manhã (22), no prédio da Coordenadoria Estadual de Controle de Vetores, por representantes do Instituto Seiva Brasil – com sede na Capital –, que atua na área de inovações tecnológicas. Outra armadilha para o mosquito, batizada de “Flying Insect Trap”, também foi mostrada para os técnicos da SES (Secretaria de Estado de Saúde) e da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). O Mosquito Magnet custa aproximadamente R$ 10 mil e o “Flying Insect Trap” R$ 600. Os dois equipamentos funcionam de formas parecidas atraindo a fêmea do mosquito. Mas enquanto o primeiro usa ácido lático – composto orgânico produzido pelo corpo humano – para atrair o vetor, o outro utiliza uma lâmpada e também ondas sonoras (perceptíveis apenas para o mosquito). Apenas a fêmea hematófaga – que se alimenta de sangue –, é atraída pelo composto utilizado na máquina. "A fêmea pica porque precisa da proteína do sangue para se reproduzir, o macho só se alimenta da seiva das plantas", explicou o coordenador Estadual de Controle de Vetores, Mauro Lúcio Rosário Os dois aparelhos são fabricados nos Estados Unidos, precisam ser instalados de forma fixa (ao abrigo da chuva) e ter manutenção semanal para continuar operando com eficácia. O Magnet, que suga o inseto, tem abrangência de 4 quilômetros e promete “atrair e matar mosquitos”. Caso aprovado ele poderá ser instalado em lugares de grande circulação de pessoas como escolas, creches, postos de saúde e até mesmo estádios. Já o “Flying” tem eficácia de apenas 100 metros, e é mais indicado para ser usado em residências. A empresa Mosquitron, responsável pela importação dos equipamentos, deverá disponibilizar mais um lote com 2,7 mil unidades da armadilha doméstica nos próximos 10 dias. O coordenador Estadual de Controle de Vetores, Mauro Lúcio Rosário, informou que o Mosquito Magnet será testado por 30 dias para então ser formalizada a aquisição pelo Governo do Estado. “Precismos confirmar a capacidade de sucção, a eficácia, e se vai atender nossas necessidades, para então adquirirmos”, afirmou. A gestora de projetos do Instituto Seiva Brasil, Gracita Santos Barbosa, explicou que trabalha agora para reduzir o valor dos aparelhos. “Queremos que o Ministério da Saúde reconheça ambos como utilidade pública. Se isso acontecer os impostos para importação serão reduzidos. No caso da armadilha residencial (“Flying”) o preço poderá diminuir até 40%”, explicou. Ela disse ainda que os aparelhos já foram testados em outros lugares como em Valinhos e Campinas – ambos municípios em São Paulo –, e também em Recife (PE) e Maceió (AL). “Estou apresentando mais uma possibilidade para combater a dengue. É uma máquina sustentável, utiliza apenas quatro pilhas e um botijão de gás durante um mês inteiro”, explicou Gracita. A partir de amanhã (23) o equipamento começa a funcionar, em um local ainda não revelado pela SES e pela Sesau. Técnicos da área vão monitorar diariamente o aparelho Mosquito Magnet, para fazer a contagem dos mosquitos sugados. “Se for eficiente podemos adquirir e recomendar para que os demais municípios tenham também”, afirmou o coordenador da SES, Mauro Lúcio. CampoGrandeNews