Ilustração ► Organização Mundial da Saúde
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
A Organização Mundial da Saúde sinalizou preocupação com a possível transmissão do Zika vírus por via sexual. A organização cobrou, nesta segunda-feira (25), transparência dos governos na divulgação dos casos de infecção da doença e alertou que o vírus pode se espalhar pelo continente americano.
Já são 21 países das Américas que registraram casos de Zika vírus. Apenas Canadá e Chile escaparam. Nos países onde existe o Aedes argypti, a falta de imunidade da população ajudaria no aumento de casos da doença e - possivelmente - de microcefalia em bebês.
Em países que não registram a presença do mosquito, a preocupação é outra. A OMS está investigando um caso de transmissão por contato sexual, levantando uma ameaça em regiões onde o Aedes aegypti não existe.
“Todo aquele cuidado que temos para que o mosquito não procrie, pode não ser suficiente se o homem adquirir a doença em outro lugar, não usar camisinha e transmitir o vírus para a mulher”, alerta um infectologista consultado pela reportagem.
Olimpíada no Rio
A esperança do Comitê Organizador da Olimpíada do Rio é que o risco de contágio seja menor durante os jogos, porque agosto é uma estação com pouca chuva. As instalações olímpicas vão passar por vigilância diária. A medida foi tomada depois que alguns países emitiram alertas aos turistas.
A preocupação virou manchete nos principais jornais do mundo, como o New York Times. O Washington Post destacou as roupas de bebês, feitas à prova do mosquito. O medo também chegou à Europa. O francês Le Monde disse que a epidemia reacende a discussão sobre o aborto.
Depois de casos em Portugal, Espanha e Inglaterra, a Itália confirmou registros de Zika vírus. Os 16 infectados tinham viajado às Américas do Sul e Central.
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