Divulgação ► Secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, vai participar de um encontro com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, nesta segunda-feira (4), em Brasília.
A pauta é a apresentação do projeto de lei anticrime, mas o secretário de Mato Grosso do Sul deve aproveitar a oportunidade para reivindicar celeridade na venda dos bens móveis apreendidos dos traficantes no Estado.
“Nós queremos agilidade, pois muitos desses bens custam um absurdo a sua manutenção para a União, além daqueles que estão sendo explorados por terceiros, como as propriedades rurais.
Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, temos fazendas apreendidas que valem milhões, mas que estão há décadas em mãos de terceiros sendo exploradas, e que não vão a leilão”, declarou Videira, em entrevista à assessoria de imprensa do Estado.
Segundo Videira, a iniciativa deve gerar recursos para os estados, especialmente aqueles localizados na região de fronteira, como é o caso de Mato Grosso do Sul.
Isto porque, segundo ele, os estados investem pesado no combate ao tráfico de drogas, mas, não recebem compensação na mesma proporção.
Na edição desta segunda-feira, o Correio do Estado mostrou que os prefeitos sul-mato-grossenses estão preocupados com o avanço da criminalidade na fronteira com o Paraguai.
Outra opção que será apresentada pelo secretário de Segurança ao ministro Moro, e que também pode trazer resultados em curto prazo é a alienação desses imóveis para serem usados pelos órgãos de segurança.
“Hoje nós temos unidades que ocupam prédios alugados, se recebêssemos esses imóveis, o dinheiro do aluguel poderia ser utilizado na modernização das forças de segurança”, finalizou.
A REUNIÃO
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, reúne-se hoje (4), em Brasília, com governadores e secretários de Segurança Pública para apresentar o projeto de lei Anticrime que será enviado Congresso Nacional.
A proposta considera que o crime organizado alimenta a corrupção e o tráfico de drogas e assim simultaneamente.
Em ocasiões anteriores, Moro disse ser favorável à proibição de progressão de regime prisional quando houver prova de ligação do preso com organizações criminosas.
Também defendeu mais rigor para os condenados por peculato e prisão após segunda instância, o que ocorre atualmente por causa de um entendimento que há no Supremo Tribunal Federal (STF).
Para Moro, o projeto Anticrime vai aumentar a eficácia no combate à corrupção, crimes violentos e crime organizado, além de reduzir pontos de estrangulamento do sistema de Justiça Criminal.
Correio do Estado