Helio de Freitas ► Policiais fazem busca na caminhonete do vereador Pastor Cirilo, no dia 5 de dezembro
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul ingressou com outra ação judicial contra três vereadores, ex-servidores do Poder Legislativo e empresários acusados de fazer parte do esquema de corrupção montado na Câmara de Dourados.
É mais um processo instaurado contra o grupo no âmbito da Operação Cifra Negra, deflagrada em dezembro do ano passado.
A ação por improbidade administrativa tramita em segredo de justiça na 6ª Vara Cível de Dourados e tem 27 denunciados, entre pessoas físicas e jurídicas. Boa parte já tinha sido denunciada na ação criminal, em andamento no Poder Judiciário desde fevereiro deste ano.
Entre os denunciados estão os vereadores Idenor Machado (PSDB), Pedro Pepa (DEM) e Pastor Cirilo Ramão (MDB), afastados da Câmara após serem presos na operação de dezembro e atualmente enfrentando processo de cassação por quebra de decoro.
Também foram denunciados nessa ação o ex-vereador Dirceu Longhi (PT) e os ex-servidores Alexsandro Oliveira de Souza e Amilton Salina, também presos na Operação Cifra Negra e atualmente em liberdade.
Outro denunciado é o empresário Denis da Maia, dono da Quality Sistemas, de Campo Grande, acusado pelo Ministério Público de ser o mentor do esquema de corrupção junto com Idenor Machado. Patrícia Guirandelli Albuquerque, funcionária da Quality, também está entre os denunciados.
Ainda aparecem entre os 27 réus os empresários campo-grandenses Jaison Coutinho, Karina Alves de Almeida e Franciele Aparecida Vasum. Segundo o MP, as empresas deles são “laranjas”, usadas por Denis da Maia para fraudar processos de licitação.
Os outros denunciados são José Roberto de Mattos e Souza, Uglaybe Fernandes Farias, Alexandre Zamboni, Cleiton Gomes Teodoro e as empresas Quality Sistemas, Jaison Coutinho ME, KMD Assessoria Contábil e Planejamento a Municípios, J. R. M. e Souza, Ajs Consultoria em Gestão Pública, Faccil Soluções Contábeis, LXTEC Informática, Atlas Assessoria e Planejamento, Zamboni Informática, 2M Assessoria Contábil, Fabricio da Silva & Cia Ltda. e Sigma Assessoria em Gestão Pública.
A reportagem apurou que a denúncia indica a participação de outras empresas e empresários no esquema de licitações fraudulentas feitas pela Câmara de Dourados para contratar prestadores de serviços.
A ação principal no âmbito da Operação Cifra Negra é por crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, crimes da Lei de licitações e peculato.